Como funciona a dragagem de resíduos nas lagoas da Zona Oeste
Somente na região, as lagoas acumulam 2,3 milhões de metros cúbicos de lodo e resíduos
Imagine 920 piscinas olímpicas cheias de lodo e outros resíduos. É o que acontece nas lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na Zona Oeste, que acumulam 2,3 milhões de metros cúbicos de sedimentos.
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A dragagem do material poluente – que deveria ter sido feita à época da Rio2016 – começou no final de abril. A Iguá, concessionária que assumiu a operação dos serviços de água e esgoto na região, tem três anos para finalizar as intervenções no complexo lagunar.
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A Lagoa da Tijuca é considerada a região mais crítica, porque é a que mais concentra os resíduos e tem apenas 30 centímetros de profundidade, então foi a primeira a receber a intervenção. A ideia é que, a partir da obra, a profundidade dela chegue a 2,5 metros.
Na fila para receber os mesmos procedimentos estão a Lagoa de Jacarepaguá, com início das obras previsto para dezembro, a Lagoa do Camorim e os canais da Joatinga e Marapendi.
O material dragado é levado a uma embarcação que separa elementos sólidos dos orgânicos. Os sólidos serão destinados para aterros sanitários e os orgânicos vão para cavas subterrâneas, que já existem no fundo das lagoas da Zona Oeste.
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Outro desafio é conter o despejo irregular de esgoto na bacia do rio Arroio Fundo, na Cidade de Deus, no Canal do Anil e no Arroio Pavuna, os mais poluídos da região, e que deságuam diretamente nessas lagoas.
Em abril, foram instalados 26 pontos de Coletor de Tempo Seco, a exemplo do que foi feito na Praia do Flamengo no ano passado. Cinco no Canal das Taxas, no Recreio, e 21 na bacia do Rio Arroio Fundo, impedindo que 21 milhões de litros de esgoto sejam despejados nas lagoas a cada dia.
Em paralelo às obras de dragagem, acontece a revitalização do complexo lagunar, com instalação de telas de contenção, coleta de lixo, produção de mudas de mangue, plantio e manutenção das margens.