Para os cinéfilos de plantão, a dica é passar o tempo assistindo a bons filmes no escurinho do cinema. Nas salas do Estação Rio, por exemplo, é possível conferir três dos filmes em cartaz mais bem cotados pela Veja Rio em sessões seguidas, para compor um dia inteirinho dedicado à sétima arte.
Confira abaixo os filmes e horários, além das resenhas do crítico da Veja Rio, Miguel Barbieri Jr., para cada uma das sugestões:
16h45 – Reality – A grande ilusão
Comédia dramática, 112 minutos, livre.
Comédia dramática do polêmico cineasta de Gomorra. Peixeiro napolitano, Luciano (Aniello Arena) é um sujeito simpático e divertido que, por sugestão de sua família, decide se inscrever no Big Brother. A partir daí, sua vida se transforma radicalmente.
19h15 – Dentro da casa
Drama, 105 minutos, 14 anos.
O diretor francês é dono de uma filmografia vistosa que inclui belos trabalhos como Sob a Areia (2000), O Tempo que Resta (2005) e Ricky (2009). Ozon, contudo, se supera neste intrigante e hipnótico drama de suspense com excelente roteiro extraído de uma peça espanhola. A história está centrada na relação entre o professor Germain (Fabrice Luchini) e Claude (o ótimo Ernst Umhauer), seu aluno de 16 anos. Ao propor uma redação à classe, Germain percebe que Claude se destaca dos outros. Diariamente, ele alimenta o mestre com um extenso conto saído (ou não) da realidade. Nele, o garoto narra os laços de amizade com Rapha (Bastien Ughetto) e como ele se aproximou da mãe dele (papel de Emmanulle Seigner) quando passou a ensinar matemática ao novo amigo na casa da família. Sem esconder a inspiração no clássico Teorema, de Pasolini, o filme segue em direções cada vez mais surpreendentes, tal qual um livro eletrizante. Com Kristin Scott Thomas.
21h30 – A caça
Drama, 115 minutos, 14 anos.
Diretor de Festa de Família (1998) e Submarino (2010), o dinamarquês Vinterberg atinge a maturidade num drama de impacto profundo. Além da soberba atuação do protagonista Mads Mikkelsen (também em O Amante da Rainha), o longa traz um enredo atual em registro incisivo e sem concessões. Desde já, trata-se de um dos melhores filmes do ano. Na pele do professor Lucas, Mikkelsen trabalha na escolinha infantil de uma pequena cidade da Dinamarca. Divorciado e pai de um adolescente, Lucas é querido pelas crianças e admirado pela comunidade. Sua vida, porém, sofre um revés quando a pequena filha de um amigo insinua ter tido brincadeiras íntimas com ele. A partir daí, o enredo abre-se em discussões pertinentes sobre a (suposta) pedofilia e suas consequências.
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