Relíquia do início do século XX e pouco conhecida dos cariocas, a belíssima Fonte de Netuno está de volta aos jardins do Palácio Guanabara. Ela passou por uma complexa restauração, que durou mais de três anos, consumiu 255 000 reais e contou com a mão de obra de quatro profissionais. “Foi o meu trabalho mais difícil”, diz Eduardo Ribeiro, que se baseou em fotos antigas e moldes para recriar a imagem. A escultura de bronze integra um conjunto assinado pelo francês Gabriel Dubray e adquirido em 1908 para impressionar o rei de Portugal em sua visita ao Brasil. Tombado pelo município, o monumento estava aos pedaços. “Simbolizava o descaso com a memória do Rio”, afirma o chefe da Casa Civil, Regis Fichtner. “Foi questão de honra recuperá-lo.” As demais peças também foram reformadas, bem como as instalações hidráulicas.