Continua após publicidade

Desaparecimento da menina Polyanna, em Niterói, é tema de minidocumentário

Menina que desapareceu em 2015, aos 10 anos de idade, chegaria à maioridade neste ano

Por Barbara Lamosa*
Atualizado em 17 ago 2022, 15h48 - Publicado em 17 ago 2022, 15h47

Polyanna Ketlyn da Silva Ribeiro tinha 10 anos quando desapareceu. Ela morava com a mãe, Marcele Silva, 41, a irmã mais nova e o pai em Piratininga, bairro da região oceânica de Niterói. Em uma noite que estavam todos em casa assistindo televisão na sala, Polyanna avisou à mãe que ia comprar fósforos na barraca perto de casa e que voltaria rápido. Não se sabe ao certo como aconteceu.

+ Memórias da Lapa: documentário traz algumas das muitas histórias do bairro

As câmeras de segurança da rua não conseguiram captar o momento em que a menina saiu de casa e não voltou mais. A distância da casa de Polyanna até a barraca não é grande e a rua estava ocupada por outras crianças brincando. A mãe da menina acionou as autoridades para oficializar o desaparecimento da filha e abrir uma investigação e busca pela criança.

Desde o sumiço de Polyanna em 2015, não houve atualizações sobre o paradeiro dela. Os alunos de jornalismo da PUC-Rio, Mariene Lino e Victor Meira, produziram o documentário Polyanna neste ano em que a menina completaria 18 anos.

Compartilhe essa matéria via:

Nas redes sociais, a mãe Marcele forma uma grande comunidade de amigos que a ajudam a encontrar pistas sobre onde sua filha poderia estar. “Um órgão que foi feito para te ajudar e te proteger é falho e não te ajuda e não te protege nada”, lamentou Marcele ao falar sobre a negligência na investigação policial sobre o paradeiro de Polyanna.

Continua após a publicidade

No documentário, o coordenador André Cruz, do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos Ministério Público do Rio de Janeiro, contou que Marcele foi até o MP com um vídeo de uma menina que parecia ser sua filha na República Dominicana, mas que, após investigação pela Interpol, chegou-se à conclusão de que não era Polyanna.

+ Pedra do Sal: a bagagem cultural do berço do samba carioca

“Isso já aconteceu algumas outras vezes, de alguma mãe, algum parente trazer uma informação. É bem lamentável onde você chega ao ponto em que as famílias são quem acabam tendo que fazer essa busca, já que o estado não consegue fazer isso”, revelou André.

A produção mostra que, para homenagear os 15 anos que a filha completaria em 2019, Marcele encomendou um banner com a figura de Polyanna em um vestido de debutante, que pendura na sala de casa até hoje. “Eu não quero que minha filha seja lembrada. Eu quero que ela seja encontrada”, disse Marcele, ao se queixar da falta de amparo das autoridades.

+ Documentário: os 90 anos do direito ao voto feminino no Brasil

O caso do desaparecimento da filha de Marcele serviu como inspiração para a criação da Lei Polyanna Ketlyn, que institui o Alerta para Resgate de Pessoas no município de Niterói. A lei estabelece medidas de contingência nas hipóteses de desaparecimento, rapto ou sequestro de crianças e adolescentes. Segundo dados do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos, mais de 35% das pessoas desaparecidas no Brasil são de até 17 anos.

Continua após a publicidade

*Barbara Lamosa, estudante de Jornalismo da PUC-Rio, com orientação de professores da universidade e revisão final de Veja Rio.

_________

Este conteúdo integra o conjunto transmídia que reúne produções em texto, áudio e vídeo sobre memória. Foram feitas por estudantes de Comunicação da PUC-Rio, com a orientação dos professores Alexandre Carauta, Creso Soares Jr., Chico Otavio, Felipe Gomberg, Luís Nachbin e Mauro Silveira.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.