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Dermatologista Daniel Coimbra conquista as celebridades

Criador de técnica de preenchimento, o médico elimina rugas e olheiras e modela rosto e corpo sem cirurgia. Dá para delinear as mandíbulas, arrebitar o nariz e mais

Por Daniela Pessoa
Atualizado em 2 jun 2017, 12h10 - Publicado em 9 abr 2016, 01h00
Técnica 3D: de 1 700 a 50 000 reais, dependendo da área tratada
Técnica 3D: de 1 700 a 50 000 reais, dependendo da área tratada (Selmy Yassuda/)
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Com uma pele de dar inveja a artista de cinema, o cabelo impecavelmente aparado e um visual lapidado com grifes como Ferragamo e Gucci, o dermatologista Daniel Coimbra, de 36 anos, desponta como um dos médicos queridinhos das celebridades. Basta marcar uma hora em sua clínica, em Ipanema, para assistir ao entra e sai de famosos como os atores Cauã Reymond, Marina Ruy Barbosa, Cleo Pires, entre tantos outros. É ali que ele passa cerca de doze horas atendendo até vinte pessoas por dia. Sua especialidade: uma técnica de preenchimento própria, já publicada em uma série de revistas científicas internacionais. “Dou aula para médicos no mundo inteiro, mas não há como ninguém me copiar. É um método único”, explica. “Os alunos vão fazer trabalhos muito bonitos, mas nunca será a mesma coisa”, compara o especialista, atualmente o maior aplicador de preenchedores na América Latina. O sucesso do jovem doutor, formado pela Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, com especialização na UniRio e mestrado pela Fiocruz, deu-se através do uso de uma substância conhecida como ácido hialurônico. Trata-se de um elemento químico natural do corpo que vai sendo perdido à medida que a idade avança, deixando sulcos, rugas e depressões na pele.

Com o produto, Coimbra criou uma técnica de preenchimento 3D em que não trata apenas uma linha de expressão específica, mas foca o conjunto. “O que deixa a pessoa bonita não é a ausência de rugas, mas um contorno harmônico”, explica. Fã do cirurgião plástico Ivo Pitanguy, Coimbra não faz cortes nem deixa cicatrizes, valendo-se de finas agulhas para injetar a substância. Nos homens, ele pode até mesmo definir o tórax, como solicitou um artista que precisava aparecer com o peitoral sarado na televisão. Mas foi Cleo Pires a protagonista da principal polêmica na carreira do médico. Quando estava no ar na novela Salve Jorge (2012), uma enxurrada de críticas davam cabo do semblante plastificado da atriz, com a boca exageradamente grande. Coimbra rebate: “A Cleo estava usando um aparelho ortodôntico. Quem fez os lábios dela foi a Glória Pires, eu nunca mexi neles”. A apresentadora de TV Glenda Kowslowski, outra paciente, afirma: “Não adianta levar a foto de alguém e dizer que quer aquela boca, aquele olho. Ele se recusa a criar uma característica que você nunca teve”. É bom frisar: a intervenção dura cerca de dois anos, e custa caro. Uma única sessão, de em média dez minutos, sai por a partir de 1 700 reais. Agora, o pulo do gato: na Santa Casa da Misericórdia, no Centro, onde o dermatologista dá aula, ele oferece os mesmos serviços a preços mais em conta. Lá, os procedimentos custam em média 30% menos, e são feitos pelos residentes, mas sempre sob a supervisão do craque do ácido.

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