Depois do Escravos da Mauá, Timoneiros da Viola anuncia o fim do bloco
Maior cortejo da Zona Norte tinha Paulinho da Viola como um dos fundadores e em 2024 homenagearia os 80 anos do sambista e de Clara Nunes
Depois do Escravos da Mauá, que encerrou as atividades em 2022, o Rio perde outro bloco importante: o Timoneiros da Viola. Criado há 12 anos, o cortejo, que saía em Oswaldo Cruz e Madureira, tinha Paulinho da Viola como um de seus fundadores e era o maior da Zona Norte.
“Cansamos de lutar contra um sistema desigual em que o poder, o dinheiro e os acordos políticos são prerrogativas para se fazer Carnaval. O que temos a oferecer é arte para pretos, pobres e sambistas”, disse Vagner Fernandes, diretor-presidente do bloco, ao site Tempo Real.
Em 2024, o Timoneiros iria celebrar os 80 anos de Paulinho, completados em 2022, e teria como homenageada a Clara Nunes, que gravou dois grandes sucessos do compositor, Coração Leviano e Na Linha do Mar, e cujo aniversário de 80 anos de nascimento foi comemorado em 2023.
“Fizeram o mesmo com o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, fundado por Candeia na década de 1970. Todo núcleo de resistência precisa ser desconstruído. É projeto político de destruição, com o apoio incondicional dos grandes empresários e da iniciativa privada“, denuncia Fernandes.
+ Ostentação: perfil exibe supostos cordões de ouro de traficantes cariocas
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui