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‘É demência’, diz filho de idoso acusado de racismo em Ipanema

Em depoimento, administrador de 49 anos disse que faltou acolhimento ao pai e houve 'desejo incondicional pela notoriedade por meio das redes sociais'

Por Da Redação
22 jun 2023, 18h10

O filho de Aloysio Augusto da Costa, de 83 anos, acusado de injúria racial por um segurança do Babbo Osteria, em Ipanema, disse à polícia nesta quarta (21) que o pai “está em processo de demência já há algum tempo” e que o fato de ele ter várias vezes demonstrado insatisfação sobre o banco colocado pelo funcionário na calçada “se deve provavelmente à doença”.

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Em depoimento a agentes da 14ªDP (Leblon) ao qual o G1 teve acesso, o administrador Bernardo Augusto, de 49 anos, lamentou o ocorrido e acusou as pessoas de não terem acolhido o pai “em um momento difícil de sua vida acometido de uma doença cruel que não tem cura”. Ele disse ainda que entende a divulgação das gravações como “um misto de desconhecimento com desejo incondicional pela notoriedade por meio das redes sociais”.

Segundo Bernado Augusto, ao ir até o Babbo para entender a confusão em que o pai tinha se envolvido e explicar a condição de saúde dele, foi “rodeado de pessoas, entre funcionários e frequentadores do restaurante, que o intimidaram com ofensas de forma agressiva e intimidadora”. Ele afirmou também que o segurança que denunciou o pai, Lucas Rodrigues Neves, chegou a “partir pra cima dele” e precisou “se retirar para não ser agredido fisicamente”.

Aloysio foi intimado a depor no dia 12 de junho, mas alegou problemas de saúde. Lucas, de 22 anos, explicou à polícia que, no mês passado, o idoso começou a reclamar de um banco colocado do outro lado da rua, para que o segurança ficasse bem localizado a fim de visualizar o restaurante e o entorno. As agressões verbais teriam acontecido duas vezes em menos de um mês, no dia 13 de maio – quando a situação foi gravada -, e mais recentemente no dia 10 de junho.

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No último boletim registrado, o segurança relatou na delegacia o que ouviu: “Esse banco aqui é coisa de vagabundo, você não está trabalhando, tire o banco daqui e vá para o outro lado da calçada, você tá fazendo aqui de favela, eu não quero esse banco aqui.”

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