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CV planejava comprar drone com câmera térmica para vigiar polícia

'A gente tem que se adequar à tecnologia', diz bandido, em mensagens de traficantes negociando equipamentos interceptadas pelos agentes

Por Da Redação
Atualizado em 31 out 2025, 12h33 - Publicado em 31 out 2025, 12h32
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Drone com sensor térmico: artefato permite a identificação de pontos em que as pessoas estejam circulando, mesmo à noite (TV Globo/Reprodução)
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Traficantes do Comando Vermelho instalados no Complexo da Penha negociam a compra de drones com câmeras térmicas, capazes de detectar a presença de pessoas mesmo no escuro ou cobertas por vegetação. É o que aponta uma investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que interceptou conversas dos criminosos negociando os equipamentos. O conteúdo das mensagens foi anexado à denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ), que embasou a megaoperação de terça (28), a mais letal da história do Rio, com 121 mortos confirmados até agora, sendo quatro policiais.

+ ONU cobra investigação rápida sobre megaoperação policial no Rio

“O meu não é noturno, o meu é câmera normal. Nós temos que ver o térmico”, diz um criminoso, em um dos trechos interceptados. Outro integrante responde: “A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?”. Os traficantes já controlam diversas câmeras instaladas nas comunidades, usadas para acompanhar a movimentação de policiais e rivais. Segundo os investigadores ouvidos pela TV Globo, o objetivo da compra seria melhorar o monitoramento de incursões policiais nas comunidades e ampliar o controle territorial da facção — que mantém domínio sobre mais de mil comunidades no estado. As investigações indicam que o Complexo da Penha é uma das principais bases operacionais do Comando Vermelho no Rio. Localizado próximo a vias expressas, o conjunto de favelas facilita o escoamento de drogas e armamentos. A partir dali, a facção vem expandindo o controle de áreas na cidade, especialmente na região da Grande Jacarepaguá.

Ainda de acordo com a TV Globo, as mensagens apreendidas revelam uma estrutura hierárquica detalhada, com escalas de plantão, controle de pagamentos e punições. Há ordens de tortura e execução. O traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, é apontado como o principal chefe do grupo na Penha — sua casa é constantemente vigiada por seguranças armados de fuzis. Ele está foragido. Outro nome citado na denúncia é Juan Breno Malta Ramos, o BMW, responsável por tribunais do tráfico e por determinar castigos e execuções.

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Em um dos episódios descritos, uma mulher foi colocada dentro de uma banheira de gelo por ter brigado em um baile funk; em outro, um homem foi arrastado por uma moto, acusado de roubar dinheiro do tráfico. O criminoso Fagner Campos Marinho, o Bafo, aparece como um dos responsáveis por sessões de tortura — ele foi preso na operação.

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