Continua após publicidade

Cristina Oldemburg monta bibliotecas em comunidades carentes

A produtora cultural já fez 829 bibliotecas no Brasil, sendo vinte no Rio, em lugares como o Morro da Mineira, o Morro Santa Marta e a Favela do Jacaré

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 5 dez 2016, 11h23 - Publicado em 9 abr 2016, 01h00
Felipe Fittipaldi
Felipe Fittipaldi (Divulgação/)
Continua após publicidade

Cristina Oldemburg, 59 anos, nasceu em Cavalcanti, no subúrbio carioca, onde a mãe, Wanda Oldemburg, dirigia a Escola Municipal Levy Neves. Desde criança, acompanhou o esforço dela para desenvolver diversas ações com seus alunos, muitas com o objetivo de incentivar a leitura. Cristina cresceu, formou-se em educação física, deu aula de folclore por quinze anos, virou produtora cultural e criou a própria empresa de projetos. Mas as iniciativas da mãe nunca lhe saíram da cabeça, e, há treze anos, ela resolveu que estava na hora de dar uma contribuição mais efetiva à sociedade. Para isso, buscou o apoio dos governos federal, estadual e municipal, e decidiu montar bibliotecas pelo país em áreas carentes que não teriam acesso a esse tipo de espaço. “Já fizemos 829 bibliotecas no Brasil, sendo vinte no Rio, em lugares como o Morro da Mineira, o Morro Santa Marta e a Favela do Jacaré. Esta, inclusive, recebeu um acervo da escritora Nélida Piñon”, conta a produtora, sem esconder o orgulho. Mas o projeto vai além de empilhar livros em prateleiras. “Damos um curso de capacitação para pessoas da própria comunidade e formamos agentes de leitura, para trabalhar os livros com as crianças, além de promover debates e palestras”, detalha.

“Além de formarem leitores, as bibliotecas são uma ferramenta de relacionamento entre a escola e o seu entorno”.

 As comunidades que recebem a ação são escolhidas de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) — o foco são as que têm o indicador mais baixo. As escolas locais e associações de moradores cedem o espaço, e Cristina e sua equipe fazem o resto. “Muito além de formarem novos leitores, as bibliotecas são uma ferramenta de relacionamento entre a escola e o seu entorno”, defende ela. Para continuar investindo no incentivo à leitura entre jovens e adultos, neste ano Cristina vai além do espaço físico, organizando a primeira edição da Festa Literária da Serra Imperial (Flisi), no Museu Imperial, em Petrópolis. “O tema será memória, porque as pessoas precisam conhecer sua história, até para entender o que está acontecendo no país de hoje”, adianta Cristina. O evento está previsto para acontecer de 15 a 17 de abril, com entrada franca. 

+ O professor Pedro Geromilich criou um projeto que distribui livros gratuitamente nas ruas da cidade

+ Cristina Figueiredo criou a biblioteca móvel Livros nas Praças, instalada em um ônibus

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.