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Crise do governo do estado começa a afetar a segurança pública

O aumento da violência e a falta de condições para combatê-lo vêm tirando o secretário José Mariano Beltrame do sério

Por Pedro Tinoco
Atualizado em 5 dez 2016, 11h24 - Publicado em 25 mar 2016, 01h00
José Mariano Beltrame
José Mariano Beltrame (Veja Rio/)
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A imagem acima exibe um raro flagrante de irritação do secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame, 58 anos, no cargo desde 2007. Na segunda (21), presente em reunião na Assembleia Legislativa para a discussão do orçamento de 2016, Beltrame aborreceu-se com questionamentos do deputado petista Zaqueu Teixeira, também delegado e ex-chefe da Polícia Civil, sobre o recrudescimento da violência nos municípios fluminenses. O mau humor do secretário brotou na Alerj, mas já vinha germinando, alimentado por más notícias, uma atrás da outra. A crise econômica abateu 32,2% da dotação de verba para a sua repartição, com reflexos já sentidos nas ruas. A criminalidade dá as caras de forma ostensiva até em áreas ocupadas por Unidades de Polícia Pacificadora — nos últimos dias, confrontos provocaram duas mortes na região da UPP Chapéu Mangueira/Babilônia, no Leme, e uma no Borel, na Tijuca.

 Na visita à Assembleia, Beltrame ainda engrossou a lista de notícias negativas. “Não vamos fazer a UPP na Maré. Vamos fazer os ajustes necessários em outras áreas”, afirmou a Leslie Leitão, repórter de VEJA. Parte do projeto olímpico, a pacificação do Complexo da Maré é tão importante que exigiu a ocupação da região pelas Forças Armadas, por mais de um ano, a partir de 2014, em ato preparatório para a chegada das UPPs. Seriam quatro unidades, segundo o próprio Beltrame, em declaração de 2013, ou oito, como anunciou Pezão, durante a campanha eleitoral — as duas promessas, diga-se, foram resgatadas pela agência de notícias Lupa. Agora, não vai ser nenhuma, pelo menos neste ano. Dá até raiva, é verdade.

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