“Restaurantes vão ter de reconquistar clientes”, opina Cris Beltrão

À frente da marca Bazzar, a restauratrice participou da série Colunistas Ao Vivo e dividiu suas expectativas para a volta ao batente

Por Bruna Motta
1 jul 2020, 19h37
Cristiana Beltrão: a colunista da Veja Rio foi a quarta convidada da série de entrevistas no Instagram (Tomás Rangel/Divulgação)
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Cristiana Beltrão, restauratrice, dona da marca de alimentos Bazzar e colunista de VEJA Rio foi a quarta convidada da série Colunistas ao Vivo, no Instagram da revista.

No bate-papo, realizado nesta quarta (1º), Cris falou sobre a expectativa para a reabertura dos bares e restaurantes na cidade, que acontece nesta quinta (2) e como isso vai afetar os três estabelecimentos que comanda na cidade. No fim da conversa, a empresária indicou um livro que ‘devorou’ durante a quarentena. Abaixo, alguns trechos da conversa:

+ Como bares e restaurantes vão reabrir nesta quinta (2)

Reabertura

“Sabemos que não será fácil. Na Europa, mesmo com a reabertura, o movimento está em cerca de 40%. Mas sou daquelas que acredita que vai ficar tudo bem. Claro, eu sei fazer conta e também me preocupo com a minha equipe, que está em casa desde março. Tenho a sensação de que a volta ao batente será um renascimento. Queremos retornar e dar segurança aos nossos clientes. Encomendei lâminas de vidro temperado para separar algumas mesas, vamos aferir a temperatura de clientes na entrada e, claro, seguir todas as regras impostas pela prefeitura. O Bazzar volta a operar no dia 13 de julho”.

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O ‘Novo Normal’ chegou

“Toda a minha equipe vai estar de máscara e face shield. Os EPIs dificultam a comunicação, nós vamos ter que sorrir com o olhar. Os restaurantes precisam oferecer segurança para o cliente, vamos precisar reconquistar cada frequentador de restaurante. Nosso principal patrimônio é o cliente, e não queremos que ele ache que contraiu alguma doença no nosso restaurante”.

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Delivery

“Fizemos as contas e vimos que não valia a pena funcionar desta forma. Para alguns restaurantes, como pizzarias, hamburguerias e japoneses, em que o delivery estava no DNA, a mudança foi boa. No Bazzar, cheguei a fazer uma semana de testes, mas não deu certo, preferi manter a equipe toda em casa. Eu acompanho o tempo todo as medidas do governo. Sei todas as Medidas Provisórias que estão rolando. Empresário tem que fazer muita conta e entender os cenários”

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O luxo em xeque

“Acho que por um tempo, após essa pandemia, o luxo não vai ter muito espaço, principalmente pela questão financeira. Tudo que é supérfluo vai morrer por um tempo. O luxo deve voltar só daqui a uns dois anos. Cortar o luxo é uma forma de ser solidário”.

Pesquisas

“Gosto muito de estudar, fico ‘viciada’ em alguns assuntos. Atualmente, estou imersa na história do chocolate e pensando em como explorar o ingrediente ainda mais no restaurante. Recomendo a leitura do livro Equador, do português Miguel Sousa Tavares, cujo pano de fundo são as plantações de cacau em São Tomé e Príncipe, no início do século 20”.

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