Criolo. Criado no Grajaú, populoso e maltratado bairro da Zona Sul de São Paulo, o rapper paulistano ganhou aura pop em 2011. Além de abocanhar três prêmios na última edição do Video Music Brasil – nas categorias disco, música e revelação -, o álbum Nó na Orelha, o segundo da carreira, alcançou a marca de 55?000 downloads gratuitos em pouco mais de um mês. Sua versão contemporânea para Cálice foi afiançada por um dos autores da música: em turnê, Chico Buarque passou a interpretá-la. Kleber Cavalcante Gomes adotou o nome artístico por causa da cor da pele do pai, um metalúrgico cearense, mas espelhou-se no exemplo da mãe para seguir em frente com as rimas. Maria Vilani Cavalcante Gomes voltou a estudar por sugestão do filho. Juntos fizeram o ensino médio e se formaram em 1992. Ela foi adiante, formou-se em filosofia e pedagogia e hoje comanda um café no bairro onde mora. Criolo preferiu a carreira artística, e vai mostrar do que é capaz no Circo Voador, no sábado (4). Ao vivo, exibe canções como Não Existe Amor em SP e Samba Sambei. Com nove integrantes, a banda que o acompanha traz músicos tarimbados, a exemplo de Daniel Ganjaman (teclados), ex-Planet Hemp, e Curumin (bateria). Saiba mais na coluna Shows.