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CPI dos Incêndios no Rio pede o indiciamento de dezenove pessoas

Relatório encaminhado ao Ministério Público inclui suspeitas nos incêndios do Ninho do Urubu, do Hospital Badim e da uisqueria Quatro por Quatro

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 mar 2021, 11h43 - Publicado em 19 mar 2021, 11h41

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que investiga recentes incêndios ocorridos no estado, aprovou relatório que pede o indiciamento de dezenove pessoas suspeitas de envolvimento nos incêndios do Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019; do Hospital Badim, em setembro de 2019, e da uisqueria Quatro por Quatro, em outubro do mesmo ano.

O documento produzido pelo vice-presidente da CPI, Rodrigo Amorim, que substituiu o relator anterior, Jorge Felippe Neto, tem 479 páginas e pede ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro o indiciamento dos dezenove envolvidos, nove pelo incêndio no Ninho do Urubu e nove pela tragédia no Hospital Badim, além do proprietário da Quatro por Quatro.

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O texto, que ainda vai ser apresentado ao plenário, recebeu os votos do presidente da comissão, Alexandre Knoploch, e dos deputados Subtenente Bernardo e Tia Ju.

Segundo o relatório, a CPI ouviu 86 pessoas, entre autoridades, especialistas e parentes das vítimas. O texto ressalta que, durante as vistorias no Hospital Badim, constatou-se que havia no subsolo um gerador de energia movido a combustível líquido, que era ligado todos os dias para economizar na conta de luz, sem cumprir os requisitos de segurança.

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Alexandre Knoploch disse que o desrespeito às exigências de segurança é comum em várias unidades da rede pública de saúde. “Verificamos com as visitas que grande parte dos hospitais da rede pública do Rio não cumpre as exigências previstas no código de segurança do Corpo de Bombeiros e pedimos mudanças em relação a isso.”

Mudança no texto

No caso do Ninho do Urubu, Amorim propôs a retirada de três pessoas da sugestão de indiciamento: Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, que comandou o clube até 2018; Alexandre Wrobel, ex-vice-presidente de Patrimônio do clube, e o monitor Marcos Vinícius.

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A exclusão dessas pessoas ocorreu pelo entendimento de que elas não provocaram diretamente o incêndio, que causou a morte de dez atletas adolescentes que dormiam em contêineres do centro de treinamento do Flamengo, disse o presidente da CPI. “Ouvimos essas pessoas e tivemos de utilizar, inclusive, de condução coercitiva para ter a presença do Alexandre [Wrobel] na comissão. Mas entendi a explicação do deputado Amorim de que essas pessoas não provocaram diretamente o incêndio. Por isso, concordei que seus nomes fossem retirados do relatório.”

Respostas

Procurado pela reportagem da Agência Brasil, o Flamengo disse que “não vai se manifestar, já que o processo segue seu curso normal na Justiça”.

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Já o Hospital Badim lamentou que “o trabalho da CPI desconsidera laudos técnicos” e disse que continuará a apoiar as famílias das vítimas e a colaborar com as autoridades. “O Hospital Badim seguirá amparando as famílias das vítimas e colaborando com as autoridades, acreditando que, ao final, restará comprovada a verdade dos fatos.”, relata.

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Até o fechamento desta reportagem, a Agência Brasil não conseguiu contato com a assessoria da uisqueria Quatro por Quatro.

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