Covid-19: nova variante do vírus é identificada em pacientes cariocas
Homem de 45 anos e mulher de 61 se contaminaram em setembro, tiveram sintomas leves e já estão curados, recomendação é manter vacinação em dia
Dois casos da nova linhagem XEC do vírus da Covid-19 foram detectados pela Secretaria estadual de Saúde (SES-RJ) a partir de um monitoramento de rotina do Centro de Informação Estratégica e Vigilância em Saúde da SES-RJ, que seleciona amostras aleatoriamente para exames genéticos. Ambos moram na capital fluminense e não saíram do país recentemente. O primeiro paciente é um homem de 45 anos de idade, que começou a apresentar sintomas em 9 de setembro. A segunda é uma mulher de 61 anos que teve os primeiros sinais em 11 de setembro. Os dois se curaram da doença depois de sintomas leves, parecidos com o de um resfriado.
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As vacinas atuais contra a Covid-19 oferecem proteção contra as subvariantes da Ômicron e, por isso, devem proteger contra a linhagem XEC. O infectologista William Schaffner, da Vanderbilt University Medical Center, no Tennessee, nos Estados Unidos, disse ao portal NewScientist que é esperado que os imunizantes mais atualizados contra o coronavírus protejam contra a nova variante. A versão mais atualizada da vacina contra Covid-19, a SpikeVax, do laboratório Moderna, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é uma vacina monovalente que protege contra a variante XBB 1.5, um subtipo da Ômicron.
Essa nova linhagem da Ômicron foi classificada há mais de duas semanas pela Organização Mundial da Saúde como uma variante “sob monitoramento”. Atualmente, mais de 30 países identificaram a cepa nos territórios. Em julho deste ano, casos dessa linhagem se espalharam pela Alemanha; depois pela Europa e os continentes Americanos, Ásia e Oceania. No Brasil, além do Rio, Fiocruz já identificou pacientes contaminados em São Paulo e em Santa Catarina. As informações foram encaminhadas para o Ministério da Saúde.
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Ainda de acordo com a Fiocruz, as informações do vírus nos outros países mostram que a XEC “pode ser mais transmissível do que outras linhagens”. Mas é preciso avaliar como vai ser o comportamento da variante aqui no Brasil, a depender da memória imunológica da população, que é diferente em cada país.