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Covid: Fiocruz alerta sobre tendência de alta na internação de idosos

Pela primeira vez em quatro meses no Rio, os gráficos mostram que o número de internações por SRAG cresce entre 60 a 69 anos, 70 a 79 e 80 anos ou mais

Por Redação
Atualizado em 3 ago 2021, 15h04 - Publicado em 3 ago 2021, 12h14
Pessoa idosa recebe vacina contra a gripe
Vacina salva: proporção de internações e mortes entre pessoas vacinadas é menor, apontam dados da Secretaria estadual de Saúde (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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Após quatro meses de queda ou estabilidade, o número de hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave entre idosos detectados com Covid-19 voltou a apresentar tendência de aumento no Rio. É o que mostra o alerta do grupo de pesquisa Métodos Analíticos para Vigilância Epidemiológica, da Fiocruz (Mave/Fiocruz) e do Observatório Covid-19 BR, que traça modelagens estatísticas da pandemia a partir de dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde.

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Com base em um método que projeta números não para o futuro, mas para o momento atual, os gráficos elaborados pelo grupo na última semana epidemiológica apontam que o número de internações por SRAG cresce nas faixas etárias entre 60 a 69 anos, 70 a 79 e 80 anos ou mais, sendo esse último o público com o aumento mais significativo. Logo, o Rio volta a apresentar tendência de alta para casos de Covid-19.

De acordo com a análise da Fiocruz, que toma como partida a semana dos primeiros sintomas da SRAG, o grupo de 80 anos ou mais lidera também o número absoluto de hospitalizações entre as faixas que registram aumento. O total de novos casos projetados na atualização mais recente é de 595 ocorrências. Em seguida vêm as pessoas de 70 a 79 anos, com cerca de 420 internações, e de 60 a 69, com quase 380.

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Além disso, a faixa etária dos 80 anos ou mais é a primeira a registrar um aumento contínuo nas projeções semanais, que teve início em 13 de junho. Na semana seguinte, idosos de 70 a 79 anos  seguiram o mesmo fluxo. No início de julho, a faixa dos 60 a 69 anos começou a refletir a tendência. Para os pesquisadores, tal tendência é “preocupante”, uma vez que os idosos foram os primeiros da população cujos índices manifestaram o efeito positivo da vacinação contra o vírus.

Ainda é cedo para definir as causas de tais índices, segundo os especialistas, mas uma hipótese seriam os eventuais buracos na cobertura vacinal de pessoas com 60 anos ou mais. Por aqui, 92% dos idosos receberam uma injeção contra a Covid-19, ou seja, em números absolutos, 221 000 ainda aguardam a imunização. Só na capital, cerca de 100 000 idosos ainda não voltaram para tomar a segunda dose da vacina.

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O levantamento da Fiocruz indica ainda um aumento de hospitalizações por SRAG entre crianças de 0 a 9 anos com diagnóstico confirmado de Covid-19, único público que apresenta tendência de alta nos gráficos além dos idosos. Segundo os pesquisadores, trata-se da pior fase  em termos de internações desde o início da pandemia, com tendência contínua desde o fim de junho.

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