Covid-19: após casos de falsa vacinação, postos proíbem fotos e vídeos
No Planetário da Gávea não se pode fazer registros. Em São Gonçalo um cartaz avisava o público acerca do impedimento
Em meio às polêmicas da “vacina de vento”, um cartaz fixado no polo sanitário Washington Luiz Lopes, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, impede que o ato da vacinação contra o novo coronavírus no local seja fotografado ou filmado. Segundo a prefeitura, o cartaz é antigo.
Em Niterói, Petrópolis e na própria capital, suspeitas de falsas vacinações reveladas em função das gravações estão sendo investigadas pela polícia. No caso de São Gonçalo, a Secretaria Municipal de Saúde disse que após o “incidente”, os técnicos são incentivados a permitir as filmagens e informou que por lá não houve registros de falsas vacinações.
“O cartaz afixado na sala de vacinação é antigo e foi colocado na tentativa de preservar o servidor que não quisesse ser filmado. Ciente de que não se aplica neste momento, a direção da unidade já removeu o cartaz”, informou o comunicado.
Na Zona Sul do Rio, o ponto do Planetário da Gávea também não permite o registro via imagem. Nesta terça (16), uma cidadã que levava a mãe para se vacinar foi impedida de fazer fotos. “Estou fora do Rio e pedi imagens para me certificar da vacinação, fiquei horrorizada ao saber disso”, disse a filha, que postou a informação numa rede social. “Pelos comentários e pelo que li, percebi que não se trata de um caso isolado”, acrescentou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que orienta as equipes a mostrar o procedimento aos pacientes. “A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) orientou as equipes envolvidas na vacinação para mostrar todo o procedimento para o paciente ou familiar e recomenda que, em caso de dúvida sobre a aplicação, os familiares questionem imediatamente os profissionais de saúde. Fotos e imagens estão totalmente liberadas no momento da aplicação da vacina. A SMS irá verificar o ocorrido na unidade citada e, se necessário, reforçar as orientações”, diz o comunicado.
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