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Covid-19: Fim do isolamento depende da entrega dos novos hospitais

Prefeitura do Rio informou que nesta sexta-feira (1º) será inaugurado o Hospital de Campanha do Riocentro

Por Agência Brasil
Atualizado em 30 abr 2020, 10h54 - Publicado em 30 abr 2020, 10h45

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, afirmou nesta quarta-feira (29) que não pode determinar o fim do isolamento social no município enquanto não tiver a garantia do funcionamento de mais leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) nos hospitais da cidade. Segundo o prefeito, as avaliações do comitê científico, que conta com profissionais experientes na área da medicina e até matemática para a análise das curvas da Covid-19, indicam uma preocupante elevação dos casos de contaminação, que podem resultar em mortes.

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Criella informou que nesta sexta-feira (1º) será inaugurado o Hospital de Campanha do Riocentro, na zona oeste da cidade. O hospital ainda não estará com a capacidade plena, mas já vai contar com 20 leitos de UTI.

“A maior arma nesta guerra é a prudência. Enfaticamente, não sei mais qual argumento usar. Daqui a pouquinho, vamos ter respiradores, mas agora não é hora [de suspender o isolamento]. Agora é hora de construirmos a arca, não é hora de fazer dilúvio”, disse o prefeito. Ao defender o isolamento, o prefeito voltou a comparar a Arca de Noé ànreparação dos hospitais e o dilúvio ao aumento dos casos e das mortes por Covid-19.

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Em entrevista no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim/Galeão, para apresentação de equipamentos que chegaram da China, Crivella disse que a prorrogação do isolamento é por prazo indeterminado. “Não recebi ainda todos os equipamentos que virão da China. Não estou com o [Hospital] Ronaldo Gazolla pronto, não estou com hospital de campanha pronto. Como vou enfrentar o dilúvio sem a arca? Não posso.”

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Hoje a prefeitura recebeu 10 tomógrafos que serão usados para o diagnóstico precoce da Covid-19. Também chegaram 110 aparelhos de raio X digital e 20 autoclaves de 100 litros. Para a semana que vem, está prevista a chegada de mais 160 toneladas de material, em dois voos da companhia aérea Latam. Serão 300 respiradores, 400 monitores, 70 carrinhos de anestesia, que também têm respiradores, e 2 milhões de máscaras. O material destina-se às unidades de saúde, especialmente, o hospital de campanha do Riocentro e o municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na zona norte — os dois são referência no tratamento da covid-19 na capital.

O prefeito agradeceu à Latam, por ajudar a trazer os equipamentos, e à Ambev, que vai arcar com US$ 50 mil do custo de R$ 4,4 milhões da operação de embarque e transporte da carga.

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Na segunda-feira (4), o voo JJ-9516 da Latam partirá de Guarulhos, em São Paulo, para Amsterdam e de lá para a China, onde chegará na quarta-feira (6). No dia seguinte, fará a rota de volta para o Rio de Janeiro com mais equipamentos, insumos e aparelhos que serão encaminhados a unidades hospitalares da cidade. Ainda na quarta-feira, outro voo JJ-9516 sai de Guarulhos para o mesmo trajeto e chega à China no dia 8. Parte de lá no sábado (9) e chega ao Rio no mesmo dia. “Incrível, né? Porque eles estão 24 horas na nossa frente”, destacou o prefeito.

No sábado (2), mais 20 respiradores e 40 monitores chegam em voo contratado pela mineradora Vale. Segundo o prefeito, a operação de infraestrutura teve o apoio do ministro da Casa Civil, Braga Neto, e a empresa está bancando todo o custo.

De acordo com Crivella, o hospital de campanha conta com 20 respiradores e 80 leitos de enfermaria. Ele ressaltou, porém, a necessidade de garantir os leitos de UTI para o caso de se agravar o estado de saúde dos pacientes. “No leito de UTI precisa ter os respiradores e monitores, então, é importante ter os equipamentos no local. Esses 20, para começar, já temos. Vamos abrir no dia 1º de maio com 20 leitos de UTI e 80 leitos de enfermaria.” No dia 27, chegarão mais 400 respiradores, mas o embarque pode ser antecipado. “Os chineses já disserem que, pela pressa que temos, vão adiantar.”

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O prefeito lembrou a preocupação com o embarque dos equipamentos comprados na China, por causa da forte demanda de outros países, que chegaram a atravessar remessas oferecendo valores mais altos para obter insumos e aparelhos.

Após a chegada de todos os aparelhos, a previsão é que o Ronaldo Gazolla tenha 180 leitos de enfermaria e 203 de UTI, sendo 18 infantis. Crivella disse que, depois de equipar a unidade de Acari e o hospital de campanha, a prefeitura terá mais 200 aparelhos para equipar outras unidades. “Vários hospitais nossos hoje estão com as cirurgias eletivas paradas. Graças a Deus, os óbitos por violência e também por acidentes de trânsito e de trabalho diminuíram muito. Então, tem vários hospitais em que podemos, colocando bons respiradores, atender a população: do Pedro II ao Miguel Couto, passando pela Ilha do Governador.”

Telemedicina

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Os médicos que estão em quarentena poderão trabalhar em sistema de telemedicina. Segundo Crivella, esses profissionais poderão fazer o atendimento por meio de computadores.

A tecnologia também será usada no contato dos pacientes dos hospitais-referência da Covid-19 com as pessoas da família. A comunicação vai ser por meio de tablets.

 

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