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Coronavírus: turistas têm 72 horas para sair de Búzios; clima é tenso

Protestos contra lockdown acontecem em frente ao Fórum; setor hoteleiro se diz surpreso com as medidas e representantes querem ser recebidos pelo juiz

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 17 dez 2020, 14h01 - Publicado em 17 dez 2020, 14h00
A imagem mostra manifestantes com placas de Lockdown Não num gramado em frente ao fórum de Búzios
Búzios: clima está tenso na cidade desde que a Justiça decretou lockdown no município, na noite desta quarta (16); manifestantes protestam em frente ao Fórum  (Folha dos Lagos/Reprodução)
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O clima está tenso em Búzios desde a noite desta quarta (16), quando o juiz Raphael Baddini de Queiroz Campos determinou o lockdown na cidade por causa do expressivo aumento no número de casos de Covid-19. O magistrado declarou estado de calamidade no município da Região dos Lagos e, entre outras medidas, determinou que os turistas que já se encontram no balneário têm até 72 horas para ir embora. “A polícia vai tirar os visitantes a força? Como vai ser? Não estamos entendendo nada”, diz a VEJA RIO o dono da pousada Cesar Suites, na Orla Bardot.

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O prazo para que os turistas saiam de Búzios começa a valer nesta quinta (17), e termina neste domingo (20) – a cinco dias do Natal e a duas semanas do Réveillon, época de altíssima temporada, o filé mignon do turismo na península. Confira todas as medidas de fechamento da cidade anunciadas nesta quarta (16)

A prefeitura acatou a determinação do juiz, na noite desta quarta (16), mas informou que está recorrendo da decisão. No início da tarde desta quinta (17), o quadro é o seguinte na cidade: imagens do prefeito comemorando seu aniversário, no dia anterior (quando foi decretado o lockdown pela Justiça) com churrasco e aglomeração no estacionamento da sede da Prefeitura correm de mão em mão em grupos de WhatsApp; comerciantes e donos de estabelecimentos da rede hoteleira fazem manifestação na porta do Fórum, com gritos de ordem e cartazes contra o lockdown; um grupo de representantes da área de turismo tenta ser recebido pelo juiz Raphael Baddini. Policiais Militares cercam aquela área.

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Gerente-geral do Hotel Insólito, um dos mais sofisticados da cidade, Eduardo Carvalheda disse a VEJA RIO que foi pego de surpresa com a decisão do magistrado de fechar a cidade. Segundo ele, as exigências sanitárias e administrativas estabelecidas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelo município com a Defensoria Pública em junho estariam sendo cumpridos pela grande maioria das pousadas e hotéis. “Vários outros estabelecimentos foram fiscalizados com lupa, cumprimos todos os protocolos e fomos surpreendidos por uma decisão dessas.”

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Eduardo conta que, desde ontem, hóspedes estão pedindo orientação sobre o que fazer, e querem saber “se é verdade mesmo” que a cidade está fechada. “Explico que fomos obrigados a acatar esta decisão, mas que ela pode ser revertida a qualquer momento”. A cidade de Búzios registrou até esta quinta (17) 2 452 casos de contaminação e 25 mortes pela Covid-19. A prefeitura tirou de suas redes a postagem, feita nesta quarta (16), em que dizia que iria acatar a decisão do juiz Raphael Baddini.

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