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Copacabana é o bairro com maior número de queixas por barulho no Rio

Desde 1995, poluição sonora se mantém no segundo lugar do ranking de assuntos mais relatados ao Disque Denúncia

Por Da Redação
14 fev 2022, 13h08
Copacabana
Copacabana: bairro é um dos mais procurados da cidade por quem busca imóveis: 12.2%  (Ricardo Zerrenner|Riotur/Divulgação)
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Muito barulho por tudo. Os cariocas andam batendo recordes no quesito poluição sonora. Apesar do isolamento imposto pela pandemia de Covid-19, as reclamações sobre envolvendo altos decibéis mais do que triplicaram (de 7.003 para 25.620) entre 2019 e 2021. E no topo da lista dos incomodados estão os de Copacabana, bairro que teve 1.591 queixas no ano passado – contra 456 em 2019.

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A poluição sonora está em segundo lugar entre os assuntos mais relatados ao Disque Denúncia (2253-1177) desde a criação do serviço, em 1995: foram 162.371 denúncias cadastradas no estado, 60,35% delas da capital. Nos últimos cinco anos, o primeiro lugar nas queixas sobre barulho é dos bailes funk, seguidos de festas, bares, cultos religiosos e obras.

Para tentar abaixar o som alto que tanto incomoda, condomínios e associações promovem protestos e até recorrem ao Judiciário. Um dos lugares em que o barulho vem provocando reações à altura do aumento dos decibéis é Santa Teresa,  bairro aparentemente calmo e cheio de antigos casarões, onde as queixas de poluição sonora saltaram de 82, em 2019, para 348, em 2021 (crescimento de 324%). Lá, os maiores problemas (ou ruídos incômodos) vem de festas e bailes funk, promovidos não só nos casarões, mas também em bares, hotéis e nas comunidades.

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Ao Globo, o presidente da associação de moradores do bairro (Amast), Paulo Saad, informou que mais de 20 locais andam tirando o som de moradores. A maioria possui alvará como ponto de referência, o que permite, por exemplo, a organização de festas e o turismo. O documento de inscrição cadastral, no entanto, veda incômodos à vizinhança, além de prestação de serviço e o exercício de atividade nesses locais. Segundo a Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop), é possível a realização de eventos com esse tipo de documento, desde que sejam solicitados alvarás transitórios para cada um. Mas Saad contesta: “Como pode uma casa ter autorização como ponto de referência e conseguir um alvará transitório para uma festa? Isso é ilegal.”

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