Agora vai! Com contrato assinado, obras do novo Canecão começam este ano
Casa de espetáculos deve ficar pronta em 2025, mas funcionará em outro ponto do terreno; manutenção do nome não está assegurada no contrato
Pouco mais de quatro meses após vencer a concorrência para reconstruir o Canecão, com lance de R$ 4,350 milhões, o consórcio Bônus-Klefer assinou nesta quarta (7) o contrato com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Cumprida a formalidade, as obras estão previstas para começar apenas no segundo semestre e a expectativa é de que até o final de 2025 uma das mais emblemáticas casas de show de país seja finalmente reaberta.
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A nova casa não ocupará exatamente o mesmo lugar onde ficava a antiga. A ideia é que o espaço onde funcionava o Canecão original — rente à Avenida Venceslau Braz — seja transformado numa espécie de entrada com espaço para a circulação de veículos de forma a minimizar possíveis engarrafamentos na região. O uso do nome que consagrou a antiga casa também não está garantido, já que o contrato não obriga o consórcio vencedor a usar a marca Canecão e permite que o espaço receba, por exemplo, o nome de um patrocinador em regime conhecido no mercado como “naming rights”. A concessão, por 30 anos, tem contrapartidas como a construção de um restaurante universitário, com capacidade para duas mil refeições diárias, e dois prédios acadêmicos no campus da Praia Vermelha. O investimento total é estimado em R$ 137,7 milhões.
“Esse contrato com a UFRJ é um desafio muito grande e também uma motivação enorme para poder restabelecer o Canecão de uma forma muito mais consistente em termos de tecnologia de equipamento e, sobretudo, poder devolver esse local tão querido de volta para cidade”, disse ao jornal O Globo Luiz Oscar Niemeyer, representante do consórcio vencedor.
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De acordo com os parâmetros definidos pela concessão — cuja modelagem foi realizada pelo BNDES —, a taxa de ocupação de toda a área concedida, que tem 15 mil metros quadrados, deve ficar em, no máximo, 30% do total e o gabarito das construções não deve ultrapassar 20 metros de altura. Além da sala de espetáculos principal, com capacidade para 3 mil pessoas em pé ou 1,5 mil sentadas e estrutura pensada para apresentações musicais e teatrais, entre outras, será criado um espaço cultural multiuso que será batizado em homenagem ao cartunista Ziraldo. O contrato prevê que a casa de shows poderá livremente ser usada pela UFRJ por 50 dias a cada ano. Já o Espaço Ziraldo, estará à disposição de eventos da universidade por 270 dias.