Sob responsabilidade de consórcio, Jardim de Alah recebe intervenções

Área começa a ganhar tapumes e segurança privada; consórcio espera aprovar até agosto os projetos executivos para iniciar as obras em setembro

Por Da Redação
14 mar 2024, 13h34
Reprodução de como deve ficar o Jardim de Alah após modernização
Jardim de Alah: área mais verde, novo calçamento e ciclovia é o que projeta o consórcio vencedor. (Instagram/Reprodução)
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Quatro meses após o fim do processo licitatório, o Consórcio Rio + Verde assumiu nesta quarta (13) a responsabilidade pela gestão do Jardim de Alah pelos próximos 35 anos. Na (12), a empresa assinou o Termo de Arrolamento junto à prefeitura do Rio e a ordem de início da concessão foi publicada no dia seguinte no Diário Oficial pela Secretaria municipal de Coordenação Governamental (SMCG). Cumpridas as formalidades contratuais, como as obras ainda estão em fase de licenciamento, por enquanto os serviços autorizados para execução são os de revitalização, operação e manutenção. Nesta quinta (14), por exemplo, a área passa a contar com segurança privada.

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“Além do investimento de R$ 110 milhões, que será feito para construir a infraestrutura, são mais R$ 20 milhões a cada ano. Vai ter segurança privada, manutenção dos jardins e do espaço, para que seja sempre muito bem cuidado, muito utilizado”, disse ao jornal O Globo o empresário Alexandre Accioly, presidente do Consórcio Rio + Verde. Segundo ele, as três praças que formam o parque receberão câmeras de monitoramento. O empresário espera aprovar até agosto os projetos executivos para que possa iniciar as obras em setembro. Elas deverão ser executadas em 16 meses.

O fato de o processo licitatório ter sido levado para discussão na Justiça contribuiu para a demora no pontapé inicial da execução do projeto vencedor. Em janeiro, a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a ministra Maria Teresa de Assis Moura, suspendeu uma liminar que impedia a implantação do projeto de revitalização do Jardim de Alah, na Zona Sul do Rio. Ela acolheu recurso da prefeitura contra uma decisão tomada no fim de dezembro pelo desembargador Carlos Eduardo Moreira da Silva, da Terceira Câmara de Direito Público, em favor da Duchamp Administrações de Centros Comerciais, que havia ficado em segundo lugar na concorrência e alegou supostas irregularidades no processo. Mas a Duchamps ainda não desistiu e recorreu da decisão, para que a questão seja julgada pelo colegiado do STJ. Assim, outros ministros precisam analisar o processo e decidir se a suspensão da liminar será mantida. Mas as etapas do projeto já estão sendo cumpridas.

Nas próximas semanas, a expectativa é que comecem a ser colocados tapumes no trecho que se estende da Lagoa à Rua Visconde de Pirajá, a partir da concessão de licença pela prefeitura – o estacionamento e a ciclovia ao redor do parque serão mantidos nesta primeira fase, sem gerar impacto para os motoristas que estacionam seus carros na área. Quem costuma usar o Parcão com seus pets também não vai precisar mudar a rotina: segundo o consórcio, a área entre a Rua Prudente de Morais e a Avenida Delfim Moreira não sofrerá intervenções de qualquer tipo neste momento. Os tapumes que protegem a área que começa a passar pelas intervenções serão cobertos por painéis contando a história do Jardim de Alah, e terão uma parte de vidro com a maquete do projeto. Toda a comunicação visual é assinado por Fred Gelli, da Tátil, profissional responsável pelo look olímpico Rio 2016. A ideia é inspirada na experiência francesa com a Catedral Notre Dame, em Paris, que após pegar fogo, foi cercada por proteções de madeira que contavam sua história.

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Estudos técnicos, como sondagem do terreno, já estão sendo realizados, assim como o mapeamento de redes subterrâneas, que tem como objetivo identificar e documentar as infraestruturas de serviços públicos, como cabos elétricos, tubulações de água, gás e esgoto. Isso é essencial para evitar danos acidentais durante escavações ou construções. Também haverá um novo projeto de iluminação e sinalização, limpeza da região, mobiliário amigável além de outras iniciativas que serão implantadas ao longo das obras.

O Jardim de Alah continuará sendo um parque público, com acesso gratuito, e aumento de 30% em áreas verdes, incorporando espaços onde hoje ficam carros estacionados. Ao todo serão 93,6 mil m² de área renovada, com a retirada de muros; recuperação de jardins com o incremento de 40% das espécies de árvores; implantação de ciclovias, um novo parcão, uma nova creche com 1,2 mil m², duas quadras poliesportivas, um ginásio multiuso, um espaço para crianças de zero a quatro anos com brinquedos e pisos específicos e uma área para a terceira idade com equipamentos de ginástica e mesas de jogos. Três novas passagens de pedestres farão a interligação dos lados do canal. E a tradicional área para jogar bocha será mantida e reformada.

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