Taxa de condomínio no Leblon e em Ipanema supera o salário mínimo
Estudo mostra que valor é um dos três fatores mais importantes para quem está em busca de um imóvel, ficando atrás da localização e das características básicas
Quem procura apartamento no Rio – mais especificamente na Zona Sul e na Barra, sabe que a tarefa não é fácil e, por vezes, chega a ser hercúlea. Os cariocas que têm o sonho de se transformar numa ‘dona Helena’, então, precisam preparar ainda mais o bolso, porque um estudo inédito da startup Loft, que atua no mercado imobiliário, apontou o Leblon como o bairro com a taxa de condomínio mais alta da cidade.
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Os moradores do requintado bairro da Zona Sul pagam, em média, 16,79 reais por metro quadrado na taxa de condomínio. Em segundo lugar, ficou a vizinha Ipanema (R$16,00) e, completando o top 3, aparece a Barra da Tijuca (R$15,65).
Isso quer dizer que um apartamento de 125 metros quadrados tende a ter uma taxa superior a 2 000 reais mensais no Leblon e em Ipanema. Esse valor é 48% acima do salário mínimo estadual, que hoje está em 1.412,00 reais.
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A pesquisa também mostrou que o condomínio no Leblon é quase duas vezes maior que o do Jardim Guanabara, na Ilha do Governador, que aparece como o mais barato da amostra.
A empresa analisou mais de 100 ooo anúncios de imóveis disponíveis nas principais plataformas digitais da cidade em julho de 2024, levando em consideração os 42 bairros que possuíam ao menos 250 imóveis à disposição.
Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, a cobrança condominial reflete diretamente o valor do imóvel e a infraestrutura oferecida pelos espaços. “Em áreas mais valorizadas, a demanda por serviços no condomínio é maior, o que eleva o custo. Não à toa, bairros como Leblon, Ipanema e Barra da Tijuca lideram o ranking das taxas mais altas”, resume.
Ainda de acordo com o Takahashi, a taxa de condomínio é um dos três fatores mais importantes para quem está em busca de um imóvel, seja para comprar ou para alugar, ficando atrás apenas da localização e das características do apartamento, como metragem e número de quartos. “Trata-se de um custo fixo que, uma vez estabelecido, dificilmente diminui ao longo do tempo”, observa.
Confira, abaixo, as tabelas que mostram os aluguéis mais caros e os mais baratos do Rio.
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