Como será o novo parque ecológico da Barra, que sai do papel após 25 anos
Ele fica em área não edificável de um terreno reservado à expansão do condomínio Península, em fase de planejamento, que terá cinco mil unidades
Prevista desde 1999, a implantação de um parque ecológico às margens da Lagoa da Tijuca, na Barra, vai sair do papel. Com 220 mil metros quadrados – o equivalente a uma vez e meia o tamanho do Parque Rita Lee -, ele ficará em uma área não edificável de um terreno reservado para a expansão do condomínio Península, em fase de planejamento, que terá cinco mil unidades, a mesma quantidade de unidades da primeira etapa do projeto.
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Segundo o jornal O Globo, o parque foi idealizado na época em que o Península original ainda estava em concepção, como forma de minimizar o impacto ambiental gerado pelo empreendimento às margens da lagoa, de acordo com um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público e a construtora Carvalho Hosken, construtora proprietária da área e responsável pelo projeto do Península. “A intenção é que sejam criadas opções de lazer para os visitantes que queiram conhecer uma área preservada. O espaço será um verdadeiro museu a céu aberto com manguezal, animais típicos da região (como capivaras e jacarés-de-papo-amarelo) e uma trilha que contorna as margens da lagoa. Pensamos em ter uma tirolesa e oferecer passeios pela lagoa”, disse ao jornal Carlos Felipe de Carvalho, presidente da Carvalho Hosken, que iniciou consultas entre gestores ambientais e empresas com experiência em operar parques para definir um plano de manejo.
Um dos pontos que está em análise é se haverá ou não a cobrança de ingressos para visitação, já que o projeto será erguido em terreno particular. Mas pelo menos o acesso à trilha, que ficará na faixa marginal de proteção da lagoa e é pública, será gratuito. O plano definitivo deve ficar pronto em meados de 2025, quando também será estabelecido o cronograma de implantação do parque. A data para o início das obras do Península 2 ainda está indefinida.
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Parte plano para o futuro parque, como a oferta de passeios de barcos, depende do andamento de obras de desassoreamento da Lagoa da Tijuca, que ajudará na recuperação e na manutenção do mangue nas próximas décadas. Os serviços de dragagem começaram há seis meses, justamente pelas imediações do Península, e fazem parte de contrapartida ambiental da empresa Iguá, que venceu a concorrência do governo do estado para operar os serviços de água e esgoto de Barra, Recreio e Jacarepaguá. Segundo a Iguá, o plano de desassoreamento no trecho mais próximo do Península será concluído em dois anos.