Como polícia descobriu esquema de fabricação e venda de anabolizante ilegal

Criminosos patrocinavam atletas e tinham rede de influenciadores para vender produtos contendo repelente de insetos na fórmula

Por Redação
14 jan 2025, 14h06
Criminoso: Miguel Barbosa de Souza foi preso com a mulher em mansão
Criminoso: Miguel Barbosa de Souza foi preso com a mulher em mansão (TV Globo/Reprodução)
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Anabolizantes clandestinos contendo ingredientes como repelente de insetos eram fabricados e enviados para diversos estados brasileiros por uma quadrilha de criminosos que começou a ser desarticulada com a prisão, nesta terça (14), de 15 pessoas na Operação Kairos, da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MPRJ).

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As marcas envolvidas não têm registro na Anvisa, incluindo nomes como Venon, Pharma Bulls, Next, Thunder Group, Supreme, Kraft, Phenix e Blank. Considerado o chefe da quadrilha, Miguel Barbosa de Souza Costa Júnior, o Boss, foi preso em uma casa de luxo em São Gonçalo com a mulher, Aiane, que também foi detida. Foram expedidos 15 mandados de prisão, e 23 pessoas foram denunciadas pela fabricação, armazenamento e distribuição dos produtos.

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A casa dos bandidos, por ironia, tinha placas ameaçadoras como uma que debochava do Supremo Tribunal Federal: “Da cerca pra dentro agimos igual ao STF. Acusamos, julgamos e executamos a pena!”. Os criminosos também avisavam por escrito: “Propriedade particular, invasores serão alvejados; sobreviventes serão alvejados novamente”.

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O grupo investigado patrocinava grandes eventos de fisiculturismo e atletas profissionais, além de pagar até R$ 10 mil para influenciadores divulgarem as marcas falsas nas redes sociais. A 76ª DP (Niterói) identificou uma movimentação de R$ 80 milhões em período de seis meses.

“Estamos falando, possivelmente, do maior grupo de revenda de anabolizantes clandestinos do país. A movimentação financeira é muito maior, e nesta primeira fase estamos nos concentrando nos mentores e nos gestores da quadrilha. Mas ainda seguiremos investigando influenciadores, revendedores e quem contribuiu para os crimes apenas com propaganda e divulgação”, afirmou o delegado Luiz Henrique Marques.

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O trabalho de investigação durou seis meses, em parceria com o setor de fiscalização dos Correios, que identificou grandes quantidades de supostas substâncias anabolizantes enviadas para o Rio de e outros estados. Mais de 2 mil substâncias ilícitas foram apreendidas. A quadrilha anunciava os produtos com preços bem abaixo dos oferecidos em farmácias autorizadas

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