Como funcionava a “concessionária do tráfico” no Complexo da Maré

Uma longa fila indiana de carros retirados do Complexo de Maré chamou a atenção de quem passava perto da comunidade ou viu os vídeos sobre uma operação das polícias Militar e Civil ocorrida lá. Só um Porsche Macan T. de 2023, na lista de 28 veículos apreendidos, chega a custar quase 500 mil reais, segundo sites especializados. Todos estavam na garagem de um condomínio do complexo de favelas e já voltaram às mãos de seus donos.

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No balanço da operação, ocorrida no dia 4 de julho, também havia modelos Jeep Renegade e Hyundai Creta, entre alguns carros populares, segundo o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Detro). Os veículos foram retirados do Pátio Legal, em Deodoro, na Zona Oeste, para onde tinham sido levados por reboques. A situação em que esses carros foram roubados ou furtados e quem são os responsáveis pelos crimes são investigados pela Polícia Civil, segundo o jornal Extra.

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O Complexo da Maré é considerado pela polícia um polo de clonagem e desmanche de veículos roubados. O negócio, que funcionava como uma “empresa do crime”, desde o roubo do veículo até sua venda, já clonado. Além da confecção de chaves reservas, ferramentas raras são usadas para trocar a numeração do chassi, para que o produto seja valorizado na venda, numa tentativa de aproximar o preço da revenda do valor de mercado.

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Veja a lista dos carros apreendidos:

Hyundai Creta: 5
Jeep Renegade: 5
Nissan Kicks: 4
BMW X3: 1
Chevrolet Onix: 1
Chevrolet Tracker: 1
Fiat Fiorino: 1
Fiat Toro: 1
Hyundai iX35: 1
Hyundai HB20: 1
Honda Fit: 1
Honda WR-V: 1
Jeep Compass: 1
MMC Outlander: 1
Porsche Macan: 1
Range Rover Evoque: 1
VW T-Cross: 1