Como funciona o golpe do PIX, que vem afetando comerciantes no Rio
Polícia Civil do Rio alerta para falsos aplicativos de banco que geram comprovantes de transferências inexistentes
Uma nova modalidade de golpe envolvendo operações com PIX tem nos comerciantes o principal alvo. E já tem até apelido: é o Golpe do PIX 2.0, que funciona assim: na hora de pagar por uma compra, o golpista abre um aplicativo fake que se parece muito com o original do banco. O app simula todas as telas do processo de transferência via Pix, com campos para destinatário, data e valor. No fim, o programa falso gera o comprovante da suposta transação, que o estelionatário apresenta para o lojista e sai depressa, antes que a vítima perceba que foi um golpe — porque nada vai cair na conta dele.
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Uma das vítimas teve um prejuízo de R$ 19 mil. É o dono de uma loja de materiais de construção, que atendeu a quatro pedidos on-line de um cliente que se identificou como “engenheiro Fernando Estevão”. Em todas as vendas, o suposto engenheiro enviou comprovantes de PIX bastante parecidos com os de um banco, e o lojista acabou liberando as mercadorias para motoristas de aplicativos indicados pelo estelionatário. Só depois o dono do estabelecimento viu que era um golpe. O “engenheiro” tornou a procurar a loja e fez um novo pedido, este de R$ 19 mil, mais uma vez apresentou um comprovante fake e avisou que um motorista iria buscar os produtos. O dono confirmou que nada tinha entrado em sua conta e chamou a polícia.
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Uma equipe da 12ª DP (Copacabana) seguiu o carro de aplicativo até o destinatário, que informou ter sido contratado por Carlos Alberto de Souza para receber a encomenda. Carlos foi encontrado saindo de uma escola e alegou ter comprado os materiais do “engenheiro” em uma plataforma on-line, apesar de estranhar os preços baixos. Ele também confessou que revendia parte dos produtos em feiras locais e foi preso por receptação.