Como foi o “intercâmbio” de líder do PCC sobre milícias no Rio
Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, enviou representante para aprender os mecanismos e implantar milícia no Guarujá
Uma quadrilha de criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, enviou representante ao Rio, em 2022, para aprender os mecanismos dos milicianos e utilizar os métodos para formar uma milícia no Guarujá. A informação foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, na terça (1º).
+ Envenenamento: polícia busca mulher que ofereceu bombom a crianças
Os criminosos forçavam os empresários locais a pagarem os serviços de segurança da organização criminosa, e o líder do grupo, Cristiano Lopes Costa, foi morto num ataque a tiros no município paulista, em março. Uma investigação da Polícia Civil e do Ministério Público revelou que o grupo do qual o suspeito faz parte estaria envolvido em ao menos quatro mortes de policiais.
Diz a nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo: “Desde então, o bando passou a atuar com vigilantes contratados a fim de obter o monopólio da segurança de comércios de Guarujá. Além disso, desencadeou uma onda de homicídios contra policiais e agentes de segurança que já trabalhavam nesses locais como seguranças particulares. Para isso, organizou roubos e ataques contra estabelecimentos para ameaçar os comerciantes“.
Um dos criminosos envolvidos é dono de uma empresa de limpeza, que venceu uma licitação com indícios de fraude da prefeitura de Guarujá. A organização criminosa teria recebido R$ 26,9 milhões. Uma operação foi deflagrada pela Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público para desarticular ramificações da milícia, com o cumprimento de 26 mandados de busca e apreensão na Baixada Santista.