Comlurb faz limpeza pesada no Jardim Oceânico após morte de seis cães
Polícia investiga o envenenamento de cerca de 40 cachorros na Barra; no Joá, dois animais do ator Cauã Reymond também foram intoxicados, sendo que um morreu
A Polícia Civil investiga o envenenamento de cerca de 40 cães no Jardim Oceânico, na Barra. Em pelo menos seis casos, os animais morreram. Após as denúncias, a Comlurb, empresa de limpeza urbana da capital fluminense, realizou uma lavagem pesada nas ruas da região. A ação aconteceu neste sábado (8), com apoio da subprefeitura da região, e utilizou água de reuso e aplicação de sabão líquido para eliminar produtos químicos que podem ter provocado os envenenamentos. A suspeita é que uma substância tóxica tenha sido colocada pelas administrações dos condomínios da área nos canteiros para evitar a proliferação de ratos.
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Em uma publicação em seu perfil nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes informou que, além da operação de limpeza hidráulica no Jardim Oceânico, a Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio (Civitas) do Centro de Operações Rio (COR) está trabalhando para identificar, por meio das câmeras de monitoramento, os possíveis responsáveis pelos supostos envenenamentos. Em nota, a Polícia Civil informou que a DPMA investiga o caso, após três registros realizados na 16ª DP (Barra da Tijuca). “Os agentes aguardam o comparecimento de outros tutores na especializada e realizam diligências para esclarecer os casos”, completou a instituição. As investigações acontecem com o apoio da Comissão de Defesa dos Animais da Câmara Municipal da capital fluminense.
Uma das vítimas de intoxicação é a cadelinha Mel, de 11 anos, que morreu no dia 8 de maio. “Ela estava passeando no dia e não conseguiu passear normal. Ela voltou para casa e começamos a observar que ela não estava se levantando, não se movia muito. Eu a levei ao veterinário na hora do almoço e lá ela desfaleceu”, contou à TV Globo Juliana Salinas, tutora de Mel, que apresentava dor aguda, com pancreatite e gastrite severas. Os veterinários alertaram que era um caso de intoxicação. Dois dias depois, a cadela morreu.
“Esse caso é grave, são muitos animais e, consequentemente, famílias atingidas por esse crime. A limpeza é necessária para retirar o veneno, mas vamos atuar fortemente também para investigar e chegar ao responsável por esse ato”, disse à Globo Carlo Caiado, presidente da Câmara. Segundo a Comlurb, o serviço foi realizado por 24 garis, com cinco pipas d’água, duas vans motobomba e duas jateadeiras. Além da lavagem das vias, também houve varrição manual das ruas e a limpeza dos ralos.
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A Polícia investiga também se os casos da Barra estão relacionados ao relatado pelo ator Cauã Reymond, que neste fim de semana teve dois de seus cães envenenados no Joá. Um deles, Romeu, não resistiu e morreu. A cadela Shakira segue internada.