Um novo capítulo na história do Cine Roxy está prestes a começar
Fechado desde o ano passado, cinema de rua em Copacabana deverá reabrir as portas como uma casa de espetáculos
Com as portas fechadas desde junho de 2021, o histórico imóvel do Cine Roxy, em Copacabana, ganhou previsão de reabertura para 2023. O espaço, que completa 84 anos de existência no próximo mês, foi vendido pelo Grupo Severiano Ribeiro ao empresário Alexandre Accioly – dono da rede de academias Bodytech e um dos sócios do Qualistage, casa de shows na Barra. Em parceria com Dody Sirena, empresário do cantor Roberto Carlos, Accioly anunciou a reabertura do antigo cinema de rua como uma casa de espetáculos.
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A ideia dos empresários é abrir um empreendimento nos moldes de grandes casas de espetáculos do mundo, como a famosa Moulin Rouge, em Paris, e a Le Extravagance em Buenos Aires. Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, os shows terão direção de Abel Gomes e serão voltados aos turistas, com atrações que vão exaltar a música das cinco regiões brasileiras.
“O Rio de Janeiro que já teve os inesquecíveis e lendários Oba Oba, Plataforma e Scala, que foram vencidos por empreendimentos imobiliários, deixou sem nenhuma alternativa para cariocas, turistas nacionais e estrangeiros que visitam nossa cidade. Com certeza mostraremos o melhor da cultura brasileira com muito profissionalismo e respeito à nossa brasilidade”, disse Alexandre Accioly em publicação nas redes sociais.
Inaugurado em 1938, o Roxy foi colocado à venda no ano passado pelo Grupo Severiano Ribeiro por cerca de 30 milhões de reais. Uma verdadeira joia em estilo Art Déco na esquina da Avenida Copacabana com a Rua Bolívar, o imóvel é tombado por decreto municipal desde 2003, o que impede alterações das características originais do prédio sem o aval do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro.
Na época do fechamento, o grupo proprietário alegou que o público do cinema já estava abaixo do esperado desde 2019 – situação que se agravou durante a pandemia de Covid-19, em 2020, com o fechamento dos espaços culturais, aumentando o prejuízo financeiro.
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“Em outubro de 2020, com a reabertura dos cinemas, mais uma vez, o Roxy demonstrou sua inviabilidade, agravada pela característica de ter um público predominantemente sênior. Isso fez com que recebesse, em uma semana, apenas 24 pessoas, o que corresponde a oito por sala em um dia inteiro de operação, obrigando o Grupo Severiano Ribeiro a fechar suas portas e hoje, sem condições de manter sua operação, fechar definitivamente”, disse o grupo em um pronunciamento oficial.