Cinco pessoas morreram em explosão em Coelho Neto
As queixas dos moradores sobre o cheiro de gás eram recorrentes em um condomínio da Zona Norte
A maioria dos moradores ainda estava dormindo, e todos foram surpreendidos com um estrondo por volta das 5 da manhã de terça-feira (5), no condomínio Fazenda Botafogo, no bairro de Coelho Neto, Zona Norte da cidade. Naquela hora, uma explosão provocada por gás proveniente do subsolo destruiu parcialmente o andar térreo de um dos prédios do conjunto habitacional. Cinco pessoas morreram, nove ficaram feridas e o edifício (de cinco pisos, com quarenta apartamentos no total) está inabitável, pois teve a estrutura comprometida. Poucas horas depois, o prefeito Eduardo Paes foi ao local, mas nem adiantou prometer uma ajuda de 1 000 reais para cada família prejudicada: ele acabou vaiado pelos moradores. Para quem teve parentes mortos na tragédia, também de pouco ou nada valeu a nota expedida pela Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG) lamentando o ocorrido, prestando solidariedade às famílias e dizendo que é cedo para determinar os motivos da explosão. Na verdade, moradores do conjunto habitacional dizem que, nos últimos meses, a empresa foi alertada duas vezes sobre a possível existência de vazamento, já que se sentia um forte cheiro por ali. Técnicos chegaram a ir ao local, constataram a situação e disseram que nada fugia da normalidade. Uma possibilidade também investigada é o acúmulo de gás metano, proveniente da rede de esgoto. O laudo final sai em trinta dias. Até lá, restam às famílias o pranto e a dor da perda.