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Rio: chuva alaga regiões serrana, metropolitana e Baixada Fluminense

Tendência deve permanecer nos próximos dias, diz meteorologista

Por Agência Brasil
9 dez 2020, 13h00

As chuvas fortes durante a madrugada desta terça (8) deixaram ruas alagadas em vários locais das regiões metropolitana e serrana do Rio de Janeiro, além da Baixada Fluminense. A meteorologista Marlene Leal, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), disse que a chuva foi provocada pela frente fria que chegou sábado (5) ao litoral sul do estado, causando acúmulo de 42 milímetros (mm) na região da Costa Verde.

Segundo Marlene, tal volume é considerado um acumulado razoável. Em Teresópolis, na região serrana, entre a tarde de sábado e a manhã de domingo, houve acúmulo de 76 mm.

A meteorologista disse que a situação de frente fria permaneceu sobre o litoral da Região Sudeste, principalmente no Rio de Janeiro, o que ainda ocorre nesta terça (8) Ela destacou que, associado ao sistema frontal, a região do Rio tem a zona de convergência do Atlântico Sul, que são acumulados de células de nuvens chamados de cúmulos nimbos desde a região amazônica, que atravessam o Centro-Oeste e atingem a Região Sudeste ou Sul. “Isso é comum, porque estamos na primavera, quase entrando do verão, que começa no dia 21, às 7h02, de acordo com o Observatório Nacional”, explicou Marlene.

A tendência é que esse movimento permaneça nos próximos dias. “A associação da frente fria com essa zona de convergência do Atlântico Sul – essas nuvens que avançam em direção ao litoral, ao oceano – ainda deve permanecer nos próximos dias. A frente fria deve atingir o litoral norte do Rio de Janeiro. Até segunda (7), tivemos aviso meteorológico de chuva intensa. O aviso ainda está em vigência até quarta (8) de manhã, sendo que é um aviso de chuva intensa de cor laranja para grande parte da região do Rio, principalmente o sul do estado, a região centro-sul, a serrana e também aqui no Rio de janeiro”, disse.

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De acordo com Marlene, o aviso laranja significa chuva de 30mm a 60mm em uma hora ou uma chuva de 50 mm ou 100 mm em 24 horas. “Na parte norte, esse aviso é também de chuva intensa, mas na cor amarela, que representa chuva de 20 mm a 30 mm em uma hora ou 50 mm em 24 horas”, complementou.

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Nas últimas 24 horas, a chuva forte em Nova Friburgo, na região serrana, provocou acúmulo de 89,8 mm em 24 horas. Na região de Paraty, na Costa Verde, chegou a 64,8 mm de precipitação no mesmo período e, em Niterói, na região metropolitana do Rio, de 83,4 mm. Já em Teresópolis, houve acumulado de 30 mm. “Continua um acumulado bem grande em todas essas regiões”, acrescentou.

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Um dos lugares mais atingidos, Niterói chegou a ter aviso de alerta durante a madrugada. Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, assustados, os viam os carros boiando nas ruas alagadas, e era difícil conseguir se deslocar no município. Um casal que estava com um bebê dentro de um veículo precisou enfrentar o rio em que se transformou a rua para chegar a um abrigo. No município do Rio, a chuva foi intensa em vários bairros, e de manhã ainda eram muitos os pontos de alagamento.

O temporal da madrugada desta terça (8) em Nova Friburgo provocou o transbordamento de rios, inundação de ruas e alagamento de casas. Depois que as águas baixaram, começou o serviço de limpeza. Os integrantes das secretarias de Serviços Públicos e de Obras percorreram pontos atingidos no centro e em outros bairros e distritos.

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De manhã, equipes da Secretaria de Obras foram ao bairro Córrego Dantas, um dos mais atingidos, com máquinas e caminhão-pipa para fazer a limpeza. Na localidade rural de Cardionot, foram retiradas duas barreiras, o que liberou a passagem. Também foram feitos serviços em Conselheiro Paulino.

A prefeitura de Nova Friburgo informou que, em casos de emergência. os moradores devem ligar para a Defesa Civil, pelo telefone 199. Se os problemas forem de lama, ruas interditadas, barreiras ou árvores caídas, o serviço pode ser acionado pelo telefone da Secretaria de Serviços Públicos (22) 2525-9124.

Teresópolis

Nesta terça (8) cedo equipes das secretarias municipais de Agricultura, de Defesa Civil e de Desenvolvimento Social começaram a percorrer bairros da zona rural de Teresópolis atingidos na madrugada. Os que mais tiveram impacto foram Água Quente, Andradas, Campo Limpo, Holliday, Pessegueiros e Santa Rita, no 2º Distrito; e Imbiú, Mottas, São Bento, Santa Rosa e Sebastiana, no 3º Distrito.

Os serviços feitos foram de liberação de estradas obstruídas por deslizamentos de terra e quedas de árvore e acolhimento de famílias que tiveram suas casas alagadas, além de vistorias técnicas. Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Marcos Jaron, em Santa Rosa, dez casas foram alagadas. “Cadastramos as famílias para entrega de cestas básicas e de roupas, entre outras ações de acolhimento.”

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O subsecretário de Defesa Civil, Albert Andrade, disse que até o fim da manhã não havia informação de desabrigados, nem desalojados. Já o secretário de Agricultura, Fernando Mendes, afirmou que houve perda de produção em algumas áreas, principalmente em Mottas e em Santa Rosa.

A cidade de Teresópolis está em estágio de atenção, e a Defesa Civil permanece de prontidão, porque ainda tem previsão de chuva para as próximas horas.

De acordo com a prefeitura, o telefone de emergência 199 funciona 24 horas.

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