Continua após publicidade

Centro do Rio tem 75 imóveis abandonados; ocupação reúne 500 pessoas

Prédio onde funciona uma instituição de acolhimento a vítimas de violência vive disputa judicial com o estado

Por Redação
30 jul 2024, 13h38
carioca
Rua da Carioca: famosa via do Centro tem imóveis abandonados com ocupações (Redação/Veja Rio)
Continua após publicidade

Entre os 75 imóveis públicos abandonados no Centro do Rio, 20 não possuem sequer certidão imobiliária e não há como saber quem são os responsáveis pelas edificações, segundo um relatório do BNDES.

+ Professor que imitou macaco em roda de samba é demitido de escola em SP

Em diversos casos, os espaços foram ocupados por pessoas em situação de rua, e Ongs que prestam serviços voluntários. Há mais de cinco anos, por exemplo, cerca de 500 pessoas de 186 famílias vivem em um prédio que pertence ao INSS.

Compartilhe essa matéria via:

“Nós não temos como morar para longe, fora do Centro. Nós não temos como pagar uma passagem. Trabalhamos de camelô, então, aqui no Centro tem meios de conseguir se viver e lá para cima não tem”, disse a ambulante Jurama Ferreira, que mora no local, à TV Globo.

Continua após a publicidade

Os moradores da ocupação já passaram por quatro audiências públicas na Alerj e na Câmara. Agora, negociam com a prefeitura, governos estadual e federal, e se discute a retirada das famílias do prédio. O imóvel tem a estrutura condenada, muito lixo acumulado e não tem tratamento de esgoto. No ano passado, o ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou uma nova fase do programa Minha casa, minha vida na região central do Rio. A ideia era reformar prédios públicos sem uso e transformar em moradia.

Os outros prédios abandonados identificados pertencem ao governo do estado, união, Companhia Docas, Ufrj, Uerj, Rio Previdência e Fundo de Previdência Social do Rio. Entre eles está um imóvel tombado pelo Inepac na Rua da Carioca, que é do governo do estado e está no meio de uma disputa judicial.

Lá, funciona a Ocupação Almerinda Gama, nome que reverencia uma das primeiras mulheres negras a atuar na política brasileira. É uma casa de acolhimento a vítimas de violência enquadradas na Lei Maria da Penha. Elas passam por acompanhamento psicológico e capacitação profissional. Agora, o governo reivindica a retomada do imóvel. As voluntárias e as assistidas têm vivido dias de agonia desde a decisão da Justiça que determinou o despejo das famílias.

Continua após a publicidade

+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui

“Desembargadores decidiram a favor do estado e contra ocupação. Querem desocupar mulheres sem oferecer nenhuma alternativa. A gente está numa tentativa de mediação na PGE. Acontece de forma sigilosa, mas é importante frisar que essa mediação precisa ser eficaz pra resolver o problema dessas mulheres, para que não sofram mais essa violência do estado. É importante que o estado não só não despeje, mas ofereça ferramentas para continuar o trabalho“, dise a advogada Monique Zuma.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.