Reza a lenda que existem dois tipos de garçom: o que conhece os fregueses pelo nome e o que é reconhecido por eles. Cecílio Araújo Costa, há nove anos no Jobi, se enquadra no segundo perfil, o das estrelas da bandeja, aquele tipo que passa a ser distinguido por muita gente. ?Os clientes conhecem mais a gente do que nós a eles?, admite, humildemente. Eleito pela primeira vez o melhor de sua categoria na cidade, segundo o júri de VEJA RIO, esse cearense de 58 anos perpetua a escola de seu antecessor, o popularíssimo João Paiva Melo, o Paiva, figura icônica do estabelecimento no Baixo Leblon que se aposentou em 2008. O fato de não decorar o nome de quem chega, no entanto, não altera em nada o atendimento simpático e eficiente. Quando o assunto é arranjar uma mesa ou levar o chope de saideira, ele está sempre atento. ?Cecílio cumpre muito bem suas funções?, elogia o patrão, Narciso Rocha, que o contratou quando ele se revezava entre um bico e outro no centro da cidade. Mais longevo funcionário em atividade no salão do boteco, o campeão aguenta firme a rotina extenuante, cujo expediente no fim de semana se estica até o sol raiar. A trabalheira às vezes é recompensada à altura. Certa vez, um cliente empolgado ? e provavelmente algumas doses acima ? lhe deu 500 reais a título de gorjeta. O vencedor agradece a preferência.