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Casos de feminicídio caem 11% no Rio, mas cresce o número de tentativas

Governo atribui aumento de denúncia de tentativas pelo aumento da confiança das víitimas em ser acolhidas

Por Redação
30 jan 2024, 14h12
violência doméstica
Violência contra a mulher: casa da vítima é o palco da maior parte das situações relatadas no Ligue 180 (6 336), e a faixa etária da maioria oscila entre 40 e 44 anos (2 146), sendo majoritariamente mulheres pretas e pardas (7 860). (Elza Fiúza/Agência Brasil)
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O número de registros de feminicídio no estado do Rio sofreu queda pela primeira vez em dois anos. De acordo com levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), foram notificados 99 casos em 2023 e 111 em 2022 – uma redução de 10,8%. O governo estadual atribui a diminuição dos casos às iniciativas criadas nos últimos anos para auxílio de mulheres vítimas da violência, como a expansão da Patrulha Maria da Penha e a disponibilização do botão de pânico pelo aplicativo Rede Mulher. 

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As tentativas de feminicídio, no entanto, aumentaram cerca de 5%: de 293, em 2022, para 308 em 2023, sendo o maior número visto desde 2019 (334 casos). Para o governo do estado, o aumento de denúncias teria ocorrido porque as vítimas “confiam que suas denúncias serão acolhidas”. 

Criada há pouco mais de 4 anos, a Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida, programa da Secretaria de Polícia Militar, registrou mais de 66.000 atendimentos a mulheres em 2023. “A cada dia mais mulheres estão rompendo o silêncio, denunciando e, sobretudo, dando continuidade às denúncias e ao processo através do acolhimento e monitoramento das medidas protetivas pela Patrulha Maria da Penha”, afirma a coordenadora da patrulha, a tenente-coronel Cláudia Moraes.

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Outra iniciativa criada pelo governo para proteção das vítimas é o aplicativo Rede Mulher, que conta com um botão de emergência para contato direto com o atendimento 190. A ferramenta já foi baixada 69.000 vezes e realizou 420 acionamentos do botão de pânico em ocorrências de risco. “Além disso, com as campanhas de prevenção feitas pelo governo do estado, a conscientização da população aumentou e, junto com a confiança no trabalho das polícias, as mulheres estão se sentindo mais seguras em denunciar”, justifica a diretora presidente do Instituto de Segurança Pública (ISP), Marcela Ortiz.

Por meio da Central de Monitoração da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), são acompanhados hoje 134 potenciais agressores com histórico de violência doméstica, por meio de tornozeleiras eletrônicas. As mulheres atendidas também recebem um botão que aciona a central do 190, da Polícia Militar, com objetivo de enviar imediatamente uma viatura até a presença da vítima.

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