Caso Rodrigo Crespo: suspeitos de assassinato se encontraram em batalhão

Os suspeitos de matar o advogado Rodrigo Marinho Crespo, no Centro da cidade, usaram como ponto de encontro o 15º BPM (Duque de Caxias), na Baixada Fluminense. De acordo com um relatório sigiloso da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), registros comprovam que os acusados se reuniram, no mínimo, duas vezes no quartel. A informação é da coluna Segredos do Crime, do jornal O Globo.

+ Operação da Polícia Civil mira suspeitos de furtar máquina de cigarros

Um dos encontros ocorreu logo dois dias após o assassinato, em 28 de fevereiro. Imagens de câmeras de segurança apreendidas na região mostram os suspeitos Eduardo Sobreira Moraes e Daniel Mondêgo de Souza passando duas vezes na Travessa Paulo Vieira, em Duque de Caxias, que dá acesso ao batalhão. Numa das vezes, eles estacionaram o Gol de placa RKS-6H29, o mesmo usado para monitorar o advogado.

O relatório da DHC, assinado pelo titular da especializada, Alexandre Herdy, e pelo encarregado do inquérito, delegado Rômulo de Assis, enfatiza que o encontro provavelmente ocorreu com o terceiro suspeito, o policial militar Leandro Machado da Silva, lotado naquela unidade na época do crime. “É certo que esse encontro se deu com alguém envolvido no homicídio do advogado Rodrigo Marinho, provavelmente, com Leandro Machado, já que, àquela altura, o caso estava gerando homérica repercussão midiática, e certamente, preocupava todos os que o praticaram”, diz o trecho.

Na ocasião, Sobreira e Mondêgo chegaram às 8h47 e somente o último saiu do carro. A análise do GPS do Corolla usado por Leandro Machado, placa LMV-ED68, aponta que o carro também estava neste mesmo local às 8h57, apenas 10 minutos depois. Imagens coletadas pelos investigadores mostram um homem parecido com Mondêgo conversando com outra pessoa no interior do quartel. Às 9h08, ele teria deixado o local. Após ter sido confrontado com os registros das câmeras, Sobreira confirmou que esteve no quartel seguindo ordens de Mondêgo.

Segundo a polícia, o outro encontro ocorreu no mesmo dia, à tarde, sem registro de imagens. Os investigadores analisaram as informações dos GPS dos carros usados pelos suspeitos Sobreira e Machado, alugados na locadora onde o nome do PM é registrado. Uma testemunha ouvida pela polícia relatou que Machado foi apresentado por Vinícius Drumond, vice-presidente da Imperatriz Leopoldinense e filho do falecido bicheiro Luizinho Drummond, que também aluga seus carros na locadora, como um dos sócios do empreendimento.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui