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Caso Marielle: os próximos passos da investigação para descobrir mandantes

Delator contou que, embora Ronnie Lessa sempre tenha dito não ter recebido nada para matar vereadora, o crescimento em seu patrimônio causa estranhamento

Por Da Redação
Atualizado em 25 jul 2023, 13h34 - Publicado em 25 jul 2023, 13h02
Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos no dia 14 de março, no Rio Reprodução TV Globo
Anderson Gomes e Marielle Franco: seis anos após assassinatos, polícia está prestes a revelar mandante e causa do crime. (Reprodução/TV Globo)
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Apesar de o ex-PM Elcio Queiroz, que confessou participação no assassinato da vereadora Marielle Franco, ter dito em sua delação premiada que não sabe quem encomendou o crime, ele é considerado uma testemunha-chave para desvendar não só o mandante como também o motivo do crime. Nos depoimentos à Polícia Federal que continuam sob sigilo, Elcio deu uma série de informações sobre com quem o atirador, o também ex-PM Ronnie Lessa, se reuniu, conversou e fez negócios no período em que estava planejando o homicídio. Esses dados estão sendo checados e cruzados com outros já disponíveis, como os registros financeiros dos investigados e o envolvimento deles em outros crimes.

+ Caso Marielle: como delação premiada levou a prisão de ex-bombeiro

O ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, o Suel, preso na operação desta segunda (24) e apontado por Elcio como cúmplice do assassinato, também está sendo alvo de um pente-fino por parte da PF. Segundo a jornalista Malu Gaspar, em seu blog no jornal O Globo, o delator detalhou como funcionavam os negócios da milícia que Lessa e Suel mantinham na região de Rocha Miranda, na Zona Norte. Integrantes do grupo do bicheiro Cesar Andrade também são mencionados no relato. Ele também contou que, embora Lessa sempre tenha dito não ter recebido nada para matar Marielle, o crescimento no patrimônio do parceiro teria despertado desconfiança quanto a essa versão.

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Ainda de acordo com Élcio, tanto Lessa quanto Suel passaram a exibir boas condições financeiras depois do crime, que vitimou também Anderson Gomes, motorista de Marielle. Ele mesmo teria recebido uma ajuda financeira de 5 mil reais mensais do ex-bombeiro durante meses, depois da prisão. Esta quantia foi diminuindo, e há alguns meses não era mais paga. Segundo Elcio, Ronnie tinha uma Range Rover Evoque, uma Dodge Ram blindada e uma lancha. Além disso, custeava duas casas e ainda fazia manutenção em um terreno em Angra dos Reis.

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