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Caso Anic: desaparecimento de advogada completa cinco meses sem pistas

Suspeitos são citados pela Justiça; técnico de informática, seus dois filhos e suposta namorada estão presos preventivamente

Por Da Redação
30 jul 2024, 16h05
Anic-herdy
Anic Herdy: advogada foi vista pela última vez em fevereiro (Internet/Reprodução)
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Passados cinco meses do desaparecimento a advogada e estudante de Psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy, completados nesta segunda (29), a polícia ainda não sabe onde ela está. Anic, de 55 anos, foi vista com vida pela última vez no dia 29 de fevereiro de 2024, após sair de um shopping em Petrópolis, na Região Serrana, como atestam imagens de uma câmera de segurança. Segundo um despacho cartorário de 23 de julho, no processo de extorsão mediante sequestro, que tramita na 2ª Vara Criminal da cidade, consta que quatro suspeitos de envolvimento no sumiço já foram citados pela Justiça, como informa o jornal O Globo.

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A previsão é a de que, após isso, seja iniciada a fase judicial, com a realização de audiências de instrução e julgamento do técnico de informática Lourival Correa Netto Fadiga, principal suspeito do sequestro de Anic e amigo há três anos da família da vítima. Além dele, também passarão pelo mesmo procedimento os irmãos, Henrique Vieira Fadiga e Maria Luísa Viera Fadiga, filhos de Lourival, e ainda Rebecca Azevedo dos Santos, ex-namorada do técnico de informática. Todos estão presos preventivamente pela Justiça, desde março, acusados de participação no desaparecimento da advogada. Durante a fase de audiências, que ainda não tem data definida para se iniciar, eles assistirão aos depoimentos de testemunhas de acusação e de defesa.

Relembre o caso

Anic é casada com o professor Benjamim Cordeiro Herdy, de 78 anos. Após às 19h do dia 29 de fevereiro, mais de sete horas depois de ter sido vista pela última vez no shopping, uma pessoa enviou uma mensagem de texto para o telefone dele. O responsável pelo comunicado alegava que a vítima estava em seu poder e dizia que a polícia não poderia ser avisada. Ele pedia uma quantia em bitcoins para soltar a vítima. Lourival participou da negociação com o suspeito por  supostamente entender sobre criptomoedas.

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A quantia exigida — R$ 4,6 milhões em dólares, reais e bitcoins — foi paga pela família da vítima entre os dias 6 e 11 de março de 2024. No dia da última parte do pagamento, o dinheiro seria entregue pelo marido da advogada e por Lourival em um shopping da Zona Oeste. No caminho, segundo um relatório de investigação da 105ªDP (Petrópolis), o técnico de informática alegou que uma mensagem recebida em seu telefone determinava que ele deveria entregar a quantia na comunidade Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, enquanto o professor deveria ir shopping para receber sua mulher. Mas ela não apareceu, e só no dia 14 de março os investigadores da 105ªDP foram avisados do crime. Eles descobriram que, no dia do pagamento do resgate, Lourival foi na verdade até uma concessionária da Barra da Tijuca onde comprou uma picape por R$ 500 mil. O valor foi pago em espécie.

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Lourival se apresentou à família de Anic como policial federal, o que não era verdade, e tinha acesso à rotina da casa deles, em Teresópolis. Segundo a denúncia do MPRJ, para a execução do crime, ele contou com a ajuda dos filhos e de uma mulher com quem mantinha um relacionamento amoroso. As defesas de todos os quatro suspeitos negaram, em oportunidades anteriores, o envolvimento dos seus clientes no sequestro e desaparecimento de Anic.

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