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Casa de samba na Lapa afasta seguranças após agressão a mulheres trans

Caso aconteceu na madrugada de 19 de janeiro e polícia investiga; vídeo mostra grupo de homens batendo nas vítimas, que creem em tentativa de homicidio

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
26 jan 2024, 16h48

Os responsáveis pelo Casarão do Firmino, na Lapa, contaram que os seguranças acusados de agredir duas mulheres trans e uma mulher cisgênero após uma roda de samba, na madrugada de 19 de janeiro, estão afastados até a conclusão das investigações. 

Em comunicado publicado nas redes sociais do estabelecimento, eles afirmaram ainda que entraram em contato com os advogados das vítimas para oferecer apoio e que seguem colaborando com a investigação. A casa ficará fechada neste fim de semana e, entre outras medidas, garantem que a equipe terá treinamento especializado, para que episódios como esse não voltem a acontecer.

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Os acusados devem ser ouvidos nesta sexta (26), na 5ª DP (Mem de Sá). Uma pessoa fez um vídeo, que mostra uma das mulheres no chão, sendo agredida por um grupo de homens vestidos de preto. Segundo as vítimas, entre eles estavam os seguranças da casa de shows, ambulantes e um motorista de aplicativo.

Uma das vítimas teve o nariz quebrado, e a outra ficou com ferimentos na testa, no ombro e no braço. O caso foi registrado na delegacia como lesão corporal, mas os advogados das mulheres querem a mudança da tipificação do crime para tentativa de homicídio.

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A modelo e designer de moda Zuri, de 25 anos, uma das vítimas, relatou nas redes sociais o que aconteceu. Ela e uma de suas amigas, a modelo e designer de moda Lua, de 28, que também é trans, foram agredidas por um grupo de homens ao sair de um samba no Casarão do Firmino.

“Após me retirar agressivamente do samba iniciaram uma agressão verbal com falas transfóbicas como: ‘pode bater que é tudo homem’, ‘nela [Anne, irmã mais velha de Zuri, que é cisgênero] eu não bato, mas em vocês dois eu meto a porrada’, ‘eu pensava que era mulher, senão já tinha batido antes’, nos jogaram no chão e nos chutaram por todo o corpo, cabeça e rosto“, contou.

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Testemunhas do ocorrido colocaram as mulheres em um táxi, mas as agressões não pararam. “Os seguranças do casarão fizeram uma barreira humana na rua e impediram de o táxi sair, falaram que a gente não iria sair dali”, prosseguiu Zuri.

Elas registraram uma ocorrência na 5ª DP, que fica próxima ao local das agressões, também na Lapa. Lua contou ao jornal O Globo que elas também foram vítimas de transfobia na delegacia. O Casarão do Firmino, na ocasião, afirmou que a casa estava sendo alvo de “boatos”.

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