Carlos Roberto Osório se filia ao PSDB para concorrer à Prefeitura
Ao deixar o secretariado de Pezão e o PMDB, o deputado estadual bagunça os arranjos já conhecidos para a eleição municipal e aquece a disputa entre os candidatos a prefeito
Com estardalhaço — compatível com sua indisfarçável intenção de se candidatar a prefeito —, o deputado estadual Carlos Roberto Osório deixou seu partido, o PMDB, e o posto de secretário estadual de Transportes, no domingo, dia 21. Pouco depois, na quinta-feira, pousou no ninho do PSDB, filiando-se com direito a boas-vindas em Brasília. Entre um momento e o outro, encontrou tempo para, na terça (23), participar, de surpresa, da inauguração de uma escola profissionalizante da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), em Deodoro, dividindo as atenções locais com o governador e ex-chefe Luiz Fernando Pezão. Essa movimentação típica de começo de campanha bagunçou o cenário montado, até então, para a eleição de outubro. Sem querer, querendo, Osório busca espaço entre os candidatos a candidato. São nomes como Pedro Paulo Carvalho, o sucessor defendido com unhas e dentes por Eduardo Paes, Marcelo Freixo (PSOL), um Alessandro Molon de partido novo (a Rede), Índio da Costa (PSD) e Marcelo Crivella, que, também nesta semana, formou uma dupla de ataque com Romário no PSB — correndo por fora, o ex-craque ainda não deixou claro se vai pisar no gramado ou se continuará dando ordens à beira do campo. Um dia antes de Osório deixar a secretaria, também deu o que falar um e-mail do prefeito, endereçado ao Comitê Olímpico Internacional, “estritamente confidencial” e publicado pelo jornal O Globo. A mensagem alertava sobre o risco elevado de a Linha 4 do metrô não ficar pronta antes dos Jogos do Rio. Um desastre em potencial, o atraso é negado pelo governo do estado, responsável pela obra. O prefeito, por sua vez, declarou que sua preocupação ao enviar o texto ao COI era apenas com a organização dos Jogos. O fato é que a disputa nas urnas tende a ser eletrizante.