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Carlos Roberto Osório é acusado de negociar propina em desapropriação

Denúncia faz parte da delação de Carlos Miranda, um dos operadores de Cabral

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 jul 2018, 17h28 - Publicado em 12 jul 2018, 15h16

Aecio Neves Filiação Carlos Osorio ao PSDB

Carlos Roberto Osório é acusado de ter pago propina ao Governo do Estado em uma negociação que rendeu R$ 70 milhões à sua família. A denúncia faz parte da delação de Carlos Miranda, um dos operadores do sistema de corrupção que existiu durante a gestão de Sérgio Cabral.

De acordo com o delator, o caso envolve uma concessionária pertencente à família do atual deputado e localizada no Estácio, que teve parte de seu terreno desapropriado pelas obras do metrô em 1976. Na ocasião, os proprietários da loja foram à Justiça por discordarem do valor estipulado pelas autoridades para compensação, que hoje equivaleria a aproximadamente R$ 9 milhões. O processo se arrastou por 40 anos e, em 2008, um acordo encerrou o impasse.

Segundo Miranda, a viabilização do trato se deu após o pagamento por Osório de R$ 2 milhões de propina negociado em 2007. Já no ano seguinte, o Governo do Estado deu início ao pagamento da desapropriação, que totalizou R$ 73 milhões. As informações são do portal G1, que apurou que a a loja está sob responsabilidade do irmão do deputado desde  2014. Procurado pela reportagem do site de notícias, o parlamentar afirmou que desconhece qualquer desapropriação relacionada ao caso feita em 2007.

Leia nota encaminhada pela assessoria de imprensa do parlamentar a Veja Rio:

A indenização paga pelo Estado, que é referida na matéria, é decorrente de um litígio judicial da Auto Modelo, o qual se iniciou nos anos 1970. O objeto da ação foi a o fechamento e desapropriação da sede da Auto Modelo no Estacio para a construção da expansão do metrô para a Tijuca. Essa ação, depois de três décadas, encerrou-se com o trânsito em julgado de decisão favorável à Auto Modelo, em última instância, resultando em indenização devida à empresa. O deputado Carlos Osório jamais esteve à frente da Auto Modelo. Jamais sequer participou, direta e indiretamente, de qualquer decisão da empresa. Deixou a sociedade, da qual seu pai era o sócio majoritário, em 1996. O deputado reitera que jamais esteve com Carlos Miranda para negociar pagamentos de propinas de qualquer espécie, prática que sempre repudiou dentro e fora da vida pública. É importante também destacar que no período de 2007 e 2008 Carlos Osório atuava não atuava no setor público, onde somente ingressaria em 2010 para assumir a secretaria municipal de conservação e serviços públicos da Prefeitura do Rio.

Obs.: Essa nota teve seu texto atualizado após a publicação, em 13/07/2018, às 16h40, para inclusões de informações enviadas pela assessoria de imprensa do deputado estadual Carlos Roberto Osório. Além disso, o irmão de Osório assumiu a loja em 2014 e não em 1996, como afirmamos anteriormente.

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