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Cariocas aderem a próteses de silicone menores e mais discretas

Depois da temporada dos seios fartos, a moda agora é ser mais natural

Por Carolina Barbosa
Atualizado em 2 jun 2017, 11h59 - Publicado em 3 set 2016, 01h00
Grazi Massafera
Grazi Massafera (Ale de Souza/Revista Boa Forma/)
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No início dos anos 2000, sob a influência de celebridades como a atriz Pamela Anderson, que exibia sua farta comissão de frente (algo como 400 mililitros de silicone de cada lado) na série Baywatch, o implante de próteses de silicone se popularizou no Brasil. É bem verdade que esse tipo de cirurgia plástica continua em alta por aqui: é o segundo mais procurado no país, com cerca de 170 000 procedimentos anuais, atrás apenas da lipoaspiração. No entanto, nos últimos dois anos, uma mudança começou a chamar a atenção dos médicos: as pacientes estão solicitando próteses menores e mais discretas. “Antes era difícil pedirem menos que 300 mililitros. Agora, há uma preocupação recorrente com a vulgaridade no resultado”, explica o cirurgião plástico Leandro Ventura, dono de uma clínica na Barra, onde 90% das mulheres têm buscado medidas mais modestas ou optado pela troca das próteses atuais por versões menos robustas. “A Grazi Massafera tornou-se uma referência por causa da aparência mais natural”, completa. 

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Não faltam motivos para justificar a adesão aos seios menores. Além da influência de celebridades, a exemplo da ex-Spice Girl Victoria Beckham, que chegou a retirar o silicone, há o fato de que mamas excessivamente turbinadas podem trazer prejuízo à postura. Para compensar o peso na parte frontal do corpo é preciso projetar o tronco para trás, o que sobrecarrega as vértebras. Sem contar o desconforto durante as atividades físicas. “Optei por um volume que me deixasse com um aspecto natural, pois acho mais bonito. Gosto muito de praticar esportes, então não queria nada que me incomodasse e que fosse desproporcional ao meu tamanho. Equilíbrio é fundamental em tudo, inclusive no corpo”, conta Grazi, dona de próteses estimadas em 240 mililitros, bem inseridas em seus 57 quilos e 1,73 metro de altura. A administradora Marina Oliveira, 28 anos, endossa o coro do “menos é mais”. Depois de pôr 285 mililitros, aos 18 anos, há um ano diminuiu para 235 mililitros. “Antes eu não usava tomara que caia e vivia encurvando a coluna para disfarçar os peitos”, diz ela, que passou do sutiã 44 para o 42. De olho nesse novo perfil, a indústria já está se adaptando. A Silimed, a maior fabricante de implantes de silicone da América Latina e a terceira no  mundo, lançou modelos a partir de 100 mililitros. “Elas procuram formas que não evidenciem a existência de próteses”, afirma Eduardo Sucupira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 

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