Cariocas criam aplicativo para mães buscarem rede de apoio
Ao estilo dos apps de paquera, no Mana é possível deslizar a tela e descobrir outras mães pelas redondezas para trocar experiências e pedir ajuda
A pandemia e tudo que a cerca – isolamento social, home office e ensino remoto – é especialmente cruel com as mulheres, principalmente as que são mães, que precisam se desdobrar em diversos papéis para dar conta de tudo.
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Ao se depararem com essa nova realidade, duas cariocas, mães, resolveram se unir e criar um aplicativo de telefone que forme uma rede de apoio para outras mulheres na mesma situação.
À primeira vista, o app se parece bastante com aqueles cujo propósito é arranjar uma paquera, como o Tinder e o Happn. Mas o Mana permite que mães exaustas conheçam outras mães que moram por perto e que tenham crianças da mesma idade.
A partir dos “matches” entre as mães, é possível organizar reuniões, obter informações de outras famílias e compartilhar vivências.
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O app está disponível para Android e iPhone.
Médica, Júlia Norton, de 35 anos, é mãe de Isabela, de 10 meses. Como a criança nasceu bem no início da pandemia, Júlia passou o final da gestação e grande parte do puerpério em isolamento. Durante esse período, ela experimentou uma mistura de sentimentos e angústias ao lidar com questões comuns para quem acabou de colocar uma pessoa no mundo: amamentação, sono, adaptação à chegada do bebê e volta ao trabalho.
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Numa madrugada, enquanto amamentava, a médica se perguntou quantas outras mães não estariam passando por tudo isso também. A sócia, Gabriela Bursztyn, também médica, se tornou mãe ao se mudar do país, e também se sentiu muito sozinha ao descobrir as dores e as delícias da maternidade.
Assim nasceu o Mana. Após um breve cadastro a mãe desliza para o lado, conhece outras mães e pode marcar um café, ainda que virtualmente, com outras mulheres que enfrentam desafios parecidos.
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“Ao contrário dos aplicativos de relacionamento, nos quais as conversas podem acabar não rendendo frutos, nós acreditamos que o Mana pode formar elos poderosos entre as mulheres e que é possível criar uma nova rede de afeto e acolhimento durante essa fase transformadora na vida de uma mãe”, orgulha-se Júlia.