Nome coruscante da alta sociedade carioca, Olavo Monteiro de Carvalho ostenta entre seus predicados o título de marquês de Salamanca, honraria herdada de seu avô Carlos, descendente do político e engenheiro espanhol José de Salamanca y Mayol, seu tataravô e primeiro agraciado. Mas a distinção conquistada pela linhagem sanguínea não se compara à nobreza demonstrada pelo empresário na condução do Instituto Marquês de Salamanca (IMDS). Em seus quinze anos de atuação, a entidade já atendeu diretamente 25?000 pessoas por meio de dezessete programas sociais, que vão do acompanhamento da saúde das famílias a projetos esportivos. De todos eles, o Espaço Educacional Cantinho Feliz, em Santa Teresa, ocupa um lugar especial na agenda do homem de negócios. Ali, enquanto as crianças de 2 a 6 anos são acolhidas em período integral, a mãe de cada uma delas participa de oficinas de qualificação profissional. ?Proporcionamos a famílias em risco social uma perspectiva de vida. É uma oportunidade que elas não teriam de outra forma?, afirma Carvalho.
“Sozinho, o homem não consegue resolver um problema. Ele precisa se articular”
Morador de suntuosa mansão, encarapitada em um terreno de 100?000 metros quadrados a poucos passos do instituto e da creche, o empresário nasceu e cresceu no bairro que serve de palco para a maior parte de seus projetos sociais. Durante anos, viu a vizinhança se degradar e se transformar em um imenso complexo de dezenove favelas. Mas nunca quis sair dali. Hoje, amparado financeiramente por empresas como Grupo Ultra e Klabin, parcerias governamentais e doações de pessoas físicas, ele prepara novos voos para o seu braço social. Estão na pauta a criação de um polo de capacitação em hotelaria, de inspiração francesa, e a expansão da sede. Para alcançar seus objetivos, ele faz uso de uma poderosa rede de relacionamentos. ?Sozinho, o homem não consegue resolver um problema. Ele precisa se articular, pautar-se pela corresponsabilidade.?