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Caos no Rio: bandidos sequestram ônibus e fecham diversas vias na cidade

Megaoperação no Alemão e na Penha deixa 56 mortos e paralisa serviços; governo fala em “cenário de guerra”

Por Da Redação
Atualizado em 28 out 2025, 16h59 - Publicado em 28 out 2025, 14h58
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O caos na cidade marca a tarde de terça, quando o município entrou em estágio 2 após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão (./Reprodução)
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O Rio de Janeiro vive um clima de guerra nesta terça (28). Uma megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, deixou sessenta criminosos e quatro policiais civis mortos. Até o momento, há 81 presos e 75 fuzis apreendidos.

A ação, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, tinha o objetivo de capturar líderes do Comando Vermelho (CV) e conter o avanço territorial da facção, que, segundo as investigações, vinha abrigando criminosos de outros estados.

Diante da escalada da violência, o município do Rio entrou em estágio dois às 13h48 de hoje — nível que indica risco de ocorrência de eventos de alto impacto na cidade e requer acompanhamento permanente das autoridades.

A ofensiva mobilizou 2 500 agentes, helicópteros, blindados e drones, mas rapidamente se espalhou para fora das comunidades. Ônibus foram sequestrados e usados como barricadas, fechando vias importantes como a Avenida Brasil e a Estrada do Itararé, o que afetou linhas de transporte, o funcionamento de escolas e unidades de saúde. Ao todo, 46 escolas municipais e cinco postos de atendimento suspenderam as atividades.

O Rio Ônibus informa que não há como consolidar os números que aumentam a cada instante. Já foram registrados mais de 50 ônibus utilizados como barricadas e mais de 120 linhas com itinerários impactados. A mobilidade urbana está afetada em inúmeros pontos da cidade. As principais regiões afetadas são: Anchieta, Méier, Serra Grajaú Jacarepagua, Av. Brasil, Linha Amarela, Cidade de Deus, Chapadão, Engenho da Rainha, Complexo do Alemão e Penha. O serviço voltará à normalidade quando houver garantia da segurança para passageiros e rodoviários.

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Durante o confronto, traficantes usaram drones para lançar granadas contra equipes do Bope e da Core, em uma demonstração inédita de poder de fogo. O governador Cláudio Castro classificou o episódio como “uma guerra que ultrapassa o limite da segurança pública” e defendeu a participação das Forças Armadas no combate. Segundo ele, o Rio “está sozinho nessa luta” e já teve três pedidos de apoio federal negados.

Entre os mortos estão o policial civil Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, conhecido como Máskara, e outro agente da 39ª DP (Pavuna), além de dois policiais do Bope. Três civis também ficaram feridos — uma mulher atingida dentro de uma academia, um morador em situação de rua e um motorista.

A operação, batizada de “Contenção”, foi planejada após mais de um ano de investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O alvo era o traficante Edgard Alves de Andrade, o Doca, apontado como principal líder do CV na Penha. Segundo o Ministério Público, o grupo atua em ao menos 26 comunidades e vem expandindo influência para outras regiões do país.

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A escalada da violência reacendeu o debate sobre a atuação das forças de segurança no Rio e os limites da letalidade policial. Nas redes, moradores relataram horas de tiroteios, bloqueios e medo. Entre fumaça e sirenes, o Rio está vivendo mais um dia em que a rotina cedeu lugar ao caos.

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