Por que camelôs serão proibidos de ocupar a Rua Uruguaiana, no Centro
Agentes da Seop descobriram que ambulantes são obrigados a pagar a um homem identificado como Marcos uma taxa de R$ 100 para conseguir trabalhar
Em publicação em redes sociais, nesta quarta (28), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou a proibição de ambulantes na Rua Uruguaiana, no Centro. Segundo ele, a decisão foi tomada juntamente com o governador Cláudio Castro. Na publicação, ele destacou o local como um dos pontos de venda de mercadorias roubadas, como celulares. Mas não deu detalhes sobre quando e como a medida será implementada. “Nas próximas semanas não será mais permitida a instalação de qualquer barraca ou ponto de comércio no espaço público. Não custa lembrar que temos fartas provas para mostrar que boa parte dos celulares roubados na cidade são comercializados ali”, postou ele. A proibição não vale para o Camelódromo, somente para ambulantes que ocupam as ruas.
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De acordo com Paes, o secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, será o “responsável por implementar as medidas necessárias para cumprir as determinações do prefeito e do governador”. Na primeira semana de fevereiro, agentes da Seop descobriram que ambulantes são obrigados a pagar uma taxa de R$ 100 para conseguir trabalhar entre as ruas Buenos Aires e Sete de Setembro, “fazendo a ocupação do solo e das saídas de ar do metrô de forma indevida, trazendo transtornos aos pedestres e aos veículos”. A taxa estaria sendo cobrada por um homem identificado como Marcos, ou Marcola. O valor é semanal. A prefeitura investiga essa denúncia.
Em nota, a Secretaria de Ordem Pública disse que “juntamente às forças policiais, vai programar para as próximas semanas uma ação de ocupação da Uruguaiana para impedir a instalação de ambulantes irregulares e a ocupação ilegal de área pública“. O local é policiado pelo 5º BPM (Gamboa) e fica perto da 4ª DP (Praça da República) e 5ª DP (Mem de Sá).
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Já os ambulantes cadastrados pela prefeitura que trabalhavam perto da Rodoviária do Rio denunciam que perderam o local de vendas depois da inauguração do Terminal Intermodal Gentileza (TIG), no Santo Cristo. À TV Globo, eles contaram que estão sem poder trabalhar na área desde a quarta-feira de cinzas (14) e pedem um novo local para vender seus produtos. Segundo eles, todas as barracas que estavam no local foram recolhidas, com ou sem a presença de seus donos. O TIG foi inaugurado na última sexta (23) e começou a funcionar no sábado (24). Uma placa foi instalada indicando a proibição do comércio de mercadorias e que quem não respeitar pode ter seus itens apreendidos.