Rio dá os primeiros passos seguros na formação de cães-guias
Há 200 destes animais atuando no Brasil, sendo onze deles por aqui; até Zeus começar a trabalhar, em abril, eles vinham de fora

Após dois anos em treinamento, começou a trabalhar em abril o labrador Zeus, primeiro cão-guia habilitado para a função em território carioca. Ele foi entregue a um deficiente visual de nascença que há 15 anos aguardava a chance de ter esse melhor amigo. Hoje, há apenas 200 animais atuando no Brasil, sendo onze deles por aqui — todos, até então, vindos de outros estados ou países.
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Em 2021, foi criado o Instituto Carioca de Cão-Guia, com a meta de formar dez cachorros por ano, o que depende de patrocínio. Afinal, eles comem ração diferenciada para não engordar e precisam tomar banho de 15 em 15 dias, pois entrar em locais como supermercados exige que estejam sempre bem asseados. Para conseguir o “emprego”, os animais passam por uma avaliação criteriosa, que inclui análise do histórico de três gerações e exame de DNA, atestando que têm chances mínimas de ter problemas de saúde. Só então começa o treinamento, que está prestes a ser concluído por Astro, outro labrador — como 80% dos escolhidos para o trabalho.
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“Quando entro em algum restaurante, ele se acomoda embaixo da mesa e só é visto na hora de sair. As pessoas comentam que é mais educado do que muita gente”, conta Miguel Christino, presidente do instituto. Só após a conclusão do processo é escolhido o tutor, levando em consideração as características de ambos: se o guia tem uma caminhada rápida, não pode acompanhar uma pessoa que ande devagar, por exemplo. A merecida aposentadoria vem em 8 anos. Menção honrosa para eles.