Cabelo colorido vira moda entre homens e mulheres cariocas
A moda da cabeleira tingida com cores vibrantes está de volta às ruas da cidade
O movimento hippie não está de regresso. Também não se trata de um renascimento da cultura punk. Ainda assim, os cabelos coloridos retornaram com força total. Basta abrir as revistas de moda, espiar as fotos publicadas nas redes sociais ou circular pelas ruas de cidades como Londres, Paris, Nova York e, mais recentemente, Rio. Personalidades como as cantoras americanas Katy Perry e Britney Spears, além das modelos britânicas Cara Delevingne e Georgia May Jagger, filha do rolling stone Mick Jagger, são algumas das responsáveis por resgatar o modismo dos anos 70 e 80, que agora aparece em uma profusão de tons. Uma busca pela expressão rainbow hair (ou cabelo arco-íris) na internet revela uma infinidade de imagens. Só no Google, são mais de 20 milhões de links que mostram adeptas de todas as idades aderindo a uma paleta que vai dos neons às variações pastel. “Quando pintei, minha mãe gostou tanto que chegou a colorir o dela também, de rosa. Até minha avó curtiu”, conta a estudante de design de interiores Annita Silveira, de 20 anos, que lançou mão da chamativa mistura de laranja com pontas violeta.
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Nos salões cariocas, o modismo tem se refletido inclusive na ala masculina. Depois de atender de meninas de 5 anos a mulheres de 56, a colorista Jessica Dannemann, sócia do TP Beauty Lounge, no Leblon, vem recebendo muitos rapazes. “Eles são mais ousados, e nada discretos na hora de escolher os tons”, revela Jessica, que cobra a partir de 300 reais pelo serviço. Além dos cabelos, os moços colorem a barba e as sobrancelhas. O Club Men Salon, na Barra, recebe em média quatro rapazes por semana. Entre eles está Leonardo Casali, de 19 anos. “Cada hora ganho um apelido dos meus amigos, mas acho divertido. E faz sucesso com as garotas”, garante o estudante, que escolheu um rosa bem pálido. Assim como as pontas coloridas, outra técnica popular de pigmentação é o estilo sereia, que consiste em um degradê. Atentas a esse nicho de mercado, várias marcas têm lançado produtos especiais. A francesa L’Oréal, por exemplo, pôs nas lojas a linha Hairchalk, que dura até quatro lavagens. Não importa o pigmento escolhido, todos exigem descoloração prévia dos fios, o que, segundo os especialistas, ajuda na melhor fixação da cor. No caso dos cariocas, porém, há um agravante geográfico: é preciso evitar os mergulhos no mar, porque o sal desbota o cabelo.