Antes de serem dopados, turistas britânicos foram ao Cristo e ao Maracanã
Eles, que preferem não dar os nomes, contam que podem até voltar, no futuro, mas por enquanto 'já é o suficiente de Brasil'

Cristo Redentor, jogo do Flamengo no Maracanã, trilha da Pedra Bonita, praias e samba na Lapa. O roteiro de sonhos da viagem ao Rio programado por dois turistas britânicos para comemorar a formatura no curso de Engenharia estava perfeito até chegar a esta última etapa, na zona boêmia da cidade, na quinta passada (7), quando o clima de conto de fadas acabou com o golpe conhecido como ‘boa noite, Cinderela’, na Praia de Copacabana. “Foram 10 dias lindos antes disso. Talvez eu volte um dia, se for a situação certa e com as pessoas certas. Mas, por enquanto, já é o suficiente de Brasil”, disse um deles, que preferiu não se identificar, em entrevista à TV Globo.
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Foi nessa última parada que ele e o amigo conheceram três mulheres com quem foram tomar a saideira na Praia de Ipanema. Ao chegarem à praia, elas compraram caipirinhas para o grupo. “Tomei dois goles e não lembro de mais nada”, disse a vítima que apareceu em imagens, gravadas por uma testemunha, desorientada, que cai na areia. Ele contou que, antes de “apagar”, arremessou o celular na areia ao perceber que algo estava errado. Apesar do prejuízo de cerca de R$ 15 mil, em entrevista à TV Globo os turistas elogiaram muito a cidade e disseram que não descartam voltar ao país.
A testemunha que filmou a cena na Praia de Ipanema e chamou a polícia é um entregador de 19 anos que passava pelo local e já prestou depoimento. Ele contou que viu quando as três mulheres ajudavam um dos estrangeiros, que estava cambaleando, e aproveitou para filmar. “Ele filmou, chamou a ambulância e ajudou a polícia a chegar às suspeitas. Obrigado a ele, quem quer que seja”, agradeceu um dos britânicos.
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A delegada Patrícia Alemany informou que a polícia vai analisar imagens de câmeras de segurança da orla de Ipanema e aguarda o resultado do exame toxicológico para identificar a substância usada pelas criminosas, identificadas como Amanda Deloca, Mayara Ketelyn e Raiane Campos, que tem 20 passagens pelo mesmo crime. A delegada afirmou ainda que investiga a participação de outras pessoas no crime. “Elas estavam o tempo inteiro conversando com uma outra pessoa por telefone, como se pedissem orientação”.