Bicicletas elétricas em discussão: os perigos de “turbinar” o veículo
Modelos modificados por usuários ou mecânicos colocam em risco condutores e pedestres, assim como importados mais potentes
No debate intenso a respeito da circulação de bicicletas elétricas e ciclomotores pela cidade, a contravenção tem lugar aumentando a polêmica e também a insegurança de quem anda pelas ruas e de quem dirige veículos de duas rodas “envenenados”, ou seja, modificados para ganhar potência. Mecânicos e vendedores em desacordo com as leis, e vídeos na internet ajudam os condutores a modificar as bicicletas.
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Segundo vendedores de lojas de bicicletas elétricas no Rio, a alteração de velocidade prejudica o desempenho e sobrecarrega o veículo de forma perigosa. “A controladora da bicicleta é feita para suportar determinada velocidade. Quando a pessoa faz essas alterações, a bateria dura muito menos. E isso é contra o que está na legislação”, disse um comerciante ao jornal O Globo.
Modificações no equipamento que vem do fabricante para aumentar a velocidade fazem com que a peça perca a compatibilidade com os outros controladores, e a engrenagem desajustada pode levar à perda de controle, colisão e queda.
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A nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito estabelece que a velocidade máxima de propulsão do motor auxiliar não pode ultrapassar 32 km/h. Na tentativa de se adequar a lei, fabricantes têm esclarecido, em seus próprios sites, a potência de seus produtos. Ciclomotores importados ultrapassam os limites da legislação de forma temerosa. Alguns que já circulam pela Zona Sul podem chhegar a 50 km/h.