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Bate-bolas usam fantasia com rosto de Adolf Hitler no Carnaval do Rio

Grupo "Virtual de Madureira" foi alvo de críticas bas redes sociais; desde 2012, os bate-bolas são Patrimônio Cultural Carioca de Natureza Imaterial do Rio

Por Da Redação
27 fev 2023, 12h48

A turma de bate-bolas “Virtual de Madureira” escolheu uma fantasia nada engraçada para brincar o Carnaval deste ano. Brincou com coisa séria ao se vestir com roupas que estampavam o rosto de Adolf Hitler, e recebeu críticas e acusações de apologia do nazismo nas redes sociais.

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“Será que eles têm consciência do que isso representa e conhecimento da história que o envolve, e do terror à humanidade? Inconsequência? Uma piada de extremo mau gosto, não vejo coerência alguma na infeliz escolha.”, escreveu um seguidor, no Twitter. “O que dá na cabeça desses caras de fazerem bate-bola desse m** do Hitler?” questionou outro.

Um componente do grupo que não saiu neste ano disse à Folha de São Paulo que a imagem do ditador alemão nas fantasias não tinha como objetivo nem criticá-lo nem exaltá-lo. Segundo ele, a ideia era evocar algo que fugisse do cotidiano do grupo, que costuma sair da favela Congonha, em Madureira, até as imediações da estação de trem do bairro.

Declarados Patrimônio Cultural Carioca de Natureza Imaterial pela prefeitura do Rio em 2012, os grupos são considerados importantes personagens do carnaval e símbolos da capacidade popular de produzir uma manifestação tradicional como forma de resistência à massificação da folia. Também conhecidos como Clóvis, eles se vestem com macacão, bolero, máscara, luvas, meiões, sobrinhas e batem bolas ao chão. As turmas são uma tradição carnavalesca há décadas presente nas ruas do subúrbio do Rio. Os componentes se empenham ao longo do ano confeccionando fantasias e se preparando para as saídas e competições durante os quatro dias de folia.

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No ano passado, a Secretaria municipal de Cultura mapeou cerca de 16 mil pessoas, em 400 grupos envolvidos com o tradicional movimento das fantasias de Clóvis nas zonas Norte e Oeste da cidade. A ideia é criar um Batebolódromo para que os grupos possam se encontrar no carnaval. Cada gripo tem entre 15 e 200 membros.

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